"Existem freguesias onde já houve acordo entre as freguesias e a própria Caixa para que nas instalações dessas freguesias sejam prestados os serviços" bancários, disse o secretário de Estado Adjunto e das Finanças na Comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa que decorreu esta manhã.

Ricardo Mourinho Félix lembrou que a decisão de encerramento de balcões cabe à administração da CGD, assegurando que a posição do Governo foi apenas a de fazer um conjunto de orientações sobre os critérios a seguir e que o executivo "não vai interferir na gestão do dia-a-dia" do banco público.

Durante a audição desta manhã, o deputado do PCP Paulo Sá deu o seu próprio exemplo: "Recebi uma carta da CGD a gozar comigo. Dizia: Com o objetivo de prestar um melhor serviço, vamos encerrar o seu balcão".

Lembrando que, como no seu caso, milhares de clientes da CGD receberam cartas semelhantes, o deputado comunista questionou: "Em que medida é que encerrar balcões melhora o serviço prestado aos clientes desses balcões?"

Na resposta, o ministro das Finanças, Mário Centeno, disse compreender a "ironia", mas defendeu que "há agências que ficam com uma dimensão tão reduzida que deixam de conseguir responder às necessidades dos clientes".

SP // CSJ

Lusa/fim