"Na defesa da EMEF, dos postos de trabalho, dos interesses do país e do caminho-de-ferro público e na defesa dos interesses de classe dos trabalhadores, os dirigentes, delegados sindicais e membros da comissão de trabalhadores [...] decidiram marcar uma greve durante todo o período de trabalho, no dia 20 de fevereiro de 2018", indicou, em comunicado, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF).

No mesmo dia, realiza-se uma manifestação nacional, em Lisboa, com concentração às 10:30 na estação de Entrecampos, com posterior deslocação ao Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, de acordo com a mesma fonte.

Segundo o sindicato, em causa está também o regresso da EMEF à CP -- Comboios de Portugal.

"Não há nenhum impedimento legal que [proíba] o retorno da EMEF à CP e que possa continuar a trabalhar para outras empresas, tudo depende da vontade política, que não existe", acrescentou o sindicato afeto à CGTP.

Segundo o SNTSF, a EMEF é uma empresa "com futuro", desde que se proceda a um conjunto de medidas com vista a dotar a empresa de meios, através do recrutamento dos trabalhadores necessários "para suprimir as faltas existentes" e permitir o "rejuvenescimento dos efetivos".

Em 01 de fevereiro, José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), em declarações à Lusa, sublinhou que na base do protesto está o "processo de transformação da EMEF em várias empresas", existindo ainda questões ligadas "à contratação coletiva".

José Manuel Oliveira disse ainda, na altura, que os sindicatos têm apelidado o processo de transformação como uma "privatização parcial da empresa".

PE (PL) // CSJ

Lusa/Fim