O território recebeu cerca de 331.400 visitantes em agosto "devido ao alívio das medidas restritivas nos postos fronteiriços Zhuhai-Macau no início de Agosto", em comparação com menos de 9.800 em julho, indicou a Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC).

Durante o surto, que começou a 18 de junho, os turistas que viessem a Macau teriam de se submeter a uma quarentena obrigatória no regresso à China continental, medida que foi levantada em 03 de agosto.

Já o período médio de permanência dos turistas foi de 5,4 dias, crescendo 1,5 dias em termos anuais, "dado que alguns turistas prolongaram até Agosto a sua saída de Macau, por causa do anterior impacto gerado pela pandemia", explicou a DSEC, num comunicado.

A esmagadora maioria dos visitantes (mais de 290 mil) veio da China continental.

Ao contrário do que acontece para quem entra pela fronteira com a China continental, quem chega do estrangeiro ou de Hong Kong continua a ser obrigado a cumprir uma quarentena de sete dias num hotel, seguido de três dias de "autovigilância médica" que pode ser feita em casa.

A partir de 01 de setembro, Macau passou a permitir a entrada de cidadãos, incluindo turistas, de 41 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Austrália, Japão e Coreia do Sul.

Em abril deste ano, o território tinha levantado as restrições fronteiriças a estudantes universitários e profissionais do ensino estrangeiro, como professores portugueses.

Em 12 de setembro, o secretário-geral adjunto do Fórum Macau, Paulo Espírito Santo, lamentou que os cidadãos da África lusófona tenham sido excluídos da lista de países a cujos nacionais é permitida a entrada no território.

Macau enfrentou em junho e em julho o pior surto de covid-19 desde o início da pandemia, tendo registado seis mortos e mais de 1.800 infetados nesse período. O território endureceu as medidas de controlo, com impacto na economia local, muito dependente do turismo da China continental e da indústria do jogo.

Nos primeiros oito meses do ano, Macau recebeu 3,8 milhões de visitantes, menos 25,8% do que em igual período de 2021 e menos 86% do que em 2019, antes do início da pandemia.

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