"Os bonobos libertados, ex-vítimas dos traficantes de animais, foram reabilitados no santuário de Lola ya Bonobo, perto de Kinshasa", disse a organização Amigos dos Bonobos, em comunicado.

Um dos animais precisou de 25 anos no santuário para conseguir superar os traumas físicos e psicológicos que sofreu após ser capturado pelos caçadores furtivos.

"Temos trabalhado durante décadas para poder devolver os bonobos à natureza", explicou a diretora da Amigos dos Bonobos, Fanny Minesi.

Segundo a investigadora Suzy Kwetuenda, especialista em bonobos, os animais estão a adaptar-se bem ao seu novo lar e até já tiveram crias saudáveis.

Trata-se da segunda vez que a ONG consegue reintroduzir no seu habitat natural bonobos resgatados a traficantes, após uma operação semelhante em 2009.

Os bonobos, primatas de parecidos com os chimpanzés, são uma espécie em perigo de extinção que só vive em alguns bosques do centro da RDCongo.

Devido à inacessibilidade dos bosques, os especialistas só puderam estudar cerca de 30% da sua área de distribuição, pelo que se desconhece quantos bonobos existem.

Ainda assim, a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) alertou que, devido à destruição e degradação dos seus habitats naturais e, sobretudo, à caça ilegal, as suas populações estão a diminuir.

Segundo um estudo publicado na revista Nature en 2012, os humanos partilham com os bonobos cerca de 98,7% do seu ADN.

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Lusa/fim