A concessionária Sociedade de Jogos de Macau Resorts (SJM), fundada por Stanley Ho, afirmou confiar na "contínua futura presença em Macau" e estar a preparar a proposta para o novo concurso, uma vez que as atuais licenças de jogo terminam em 31 de dezembro e o Governo quer avançar com um concurso público para atribuir novas concessões, de acordo com um comunicado.

Também a concessionária Galaxy Entertainment Group (GEG) indicou, numa nota, que, "encorajada pela aprovação da proposta", vai apoiar o Governo de Macau e o desenvolvimento sustentável da indústria do jogo, ao mesmo tempo que se prepara para "o concurso de atribuição de novas concessões".

A Melco Resorts, subconcessionária liderada por Lawrence Ho, filho de Stanley Ho, salientou, em comunicado, a importância o novo diploma que "promove a sustentabilidade e desenvolvimento saudável da indústria do jogo em Macau para benefício da comunidade" local.

Na terça-feira, a concessionária Wynn e as subconcessionárias Sands China e MGM China tinham destacado o processo legislativo eficiente e bem-sucedido, ferramenta necessária para "o desenvolvimento saudável e sustentável" da indústria do jogo no território, de acordo com comunicados das três empresas enviados à Lusa.

A Assembleia Legislativa (AL) de Macau aprovou, em reunião plenária na terça-feira, a alteração ao regime jurídico de exploração do jogo em casino, com um diploma que, entre outras medidas, limita o prazo de concessão a 10 anos, metade do atualmente vigente, determina um total máximo de seis concessionárias de jogo e proíbe as subconcessões.

Único local na China onde o jogo em casino é legal, Macau tem atualmente três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau (SJM), Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, MGM, Venetian (Sands China) e Melco.

O jogo representa cerca de 80% das receitas do Governo e 55,5% do Produto Interno Bruto (PIB) de Macau, numa indústria que dá trabalho a mais de 80 mil pessoas, ou seja, a 17,23% da população empregada.

As receitas do jogo em Macau desceram 44% nos primeiros cinco meses do ano, comparativamente a igual período do ano passado.

Em 2019, as operadoras obtiveram receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 31 mil milhões de euros) e o território recebeu quase 40 milhões de visitantes, números que caíram drasticamente desde o início da pandemia de covid-19.

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