"O Governo não está a levar a sério esse processo, está a pôr em causa uma organização séria e os propósitos do povo moçambicano", disse Ismael Nhacucue, porta-voz do MDM, durante uma conferência de imprensa em Maputo.

Em causa está um défice de 2,2 mil milhões de meticais (34 milhões de euros) para a realização das eleições, uma informação avançada recentemente pela CNE.

Para o partido, o Governo moçambicano pretende "inviabilizar" o processo para "não permitir que a oposição se prepare".

"O MDM está preocupado com este assunto e todos nós devemos ficar preocupados", frisou o porta-voz do MDM.

Moçambique começa em 2023 um novo ciclo eleitoral, com a realização das eleições autárquicas, seguidas de gerais em 2024 (presidenciais, legislativas, provinciais e possivelmente as distritais).

Segundo dados da Comissão Nacional de Eleições avançados em junho deste ano, Moçambique precisava de um total de 18,7 mil milhões de meticais (287 milhões de euros, no câmbio atual) para cobrir o próximo ciclo eleitoral.

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