"Com efeito imediato, os representantes de empresas russas já não estão autorizados a entrar nas instalações do Parlamento Europeu", anunciou a presidente da instituição, Roberta Metsola, numa publicação na rede social Twitter.

Questionada pela Lusa, fonte oficial da instituição precisou que estão em causa "todos os edifícios" do Parlamento Europeu, como em Bruxelas e em Estrasburgo, sedes da assembleia europeia.

"Não devemos permitir-lhes [aos empresários russos] qualquer espaço para divulgar a sua propaganda e narrativas falsas e tóxicas sobre a invasão da Ucrânia", adiantou Roberta Metsola na publicação no Twitter.

E vincou: "Continuaremos unidos e fortes contra os autocratas".

A medida surge mais de três meses depois do início da invasão militar da Ucrânia e quando a União Europeia aperta as sanções financeiras e individuais à Rússia, às quais Moscovo está a responder com a expulsão de vários diplomatas europeus.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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