"Durante as últimas 24 horas, o inimigo bombardeou os bairros residenciais de Osnovyansky e Kyivsky, pertencentes à cidade de Kharkiv, e os municípios de Izium, Chuhuiv e Bohodukhiv, além da própria cidade" que dá nome à região, publicou o chefe da Administração Militar Regional, Oleh Synehubov, na rede de mensagens Telegram.

Na segunda-feira "morreram, infelizmente, três pessoas: uma mulher na cidade de Korotych, distrito de Kharkiv, um homem na aldeia de Udy, município de Bohodukhiv, e outra mulher na cidade de Chkalovske, em Chuhuiv. E 14 civis ficaram feridos na região", explicou o militar, acrescentando que entre os feridos estão um rapaz de 16 anos e uma menina de 13 anos.

Synehubov adiantou ainda que, hoje, os bombardeamentos continuaram nesta região vizinha de Donbass, causando a morte de um menino de 12 anos em Izium (onde uma outra pessoa ficou ferida) e de uma mulher na cidade de Zolochev.

O militar confirmou que os combates continuam no norte e nordeste da região: "o inimigo tentou contra-atacar as posições das nossas Forças Armadas mas falhou e retirou-se para posições anteriormente ocupadas, encontrando-se agora na defensiva".

A região de Kharkiv tem sofrido fortes bombardeamentos dos russos nos últimos dias, já que constitui uma passagem natural para entrar nas regiões vizinhas de Donetsk e Lugansk, ambas pró-russas e já parcialmente ocupadas pelo exército enviado por Moscovo.

Kharkiv é também a segunda maior cidade da Ucrânia, com uma população estimada de 1,4 milhões de habitantes e é a capital da região com o mesmo nome.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A guerra causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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