"A polícia confirma a ocorrência de um rapto por volta das 10:00 [09:00 em Lisboa] próximo da Universidade Católica de Moçambique" no bairro da Ponta Gea, disse Dércio Chacate, porta-voz da corporação, aos jornalistas.

"Três indivíduos faziam-se transportar numa viatura ligeira" que a polícia tentou identificar através da matrícula, "concluindo-se que era falsa", frisou.

O caso está entregue ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) e o porta-voz mostrou-se otimista.

"As equipas estão no terreno e, a breve trecho, temos a certeza de que viremos a público apresentar os autores deste caso" e "proceder à devolução desta cidadã ao convívio familiar", disse.

Testemunhas do rapto disseram à Lusa que a vítima comprava produtos alimentares em bancas de rua quando desconhecidos com uma pistola "desceram de uma viatura, pegaram nela, levaram-na para o interior do automóvel e saíram".

Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início do mês, a procuradora-geral da República de Moçambique referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.

De acordo com Beatriz Buchili, foram registados 14 processos-crime por rapto em 2021, contra 18 em 2020, sem contar com casos que escapam à contabilidade oficial.

A procuradora-geral disse ainda que as "vítimas de rapto" são "constantemente chantageadas" pelos raptores, mesmo depois de libertadas, para lhes continuarem a pagar quantias em dinheiro, agravando o sentimento de insegurança.

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