"É uma grande alegria ver 36 oficiais da polícia juntarem-se a outros 10" que já integram a unidade de proteção no âmbito do acordo de paz, disse André Magibire, secretário-geral do maior partido de oposição em Moçambique.

O responsável falava hoje, em Maputo, durante uma conferência de imprensa de apresentação dos antigos guerrilheiros da Renamo.

O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o presidente da Renamo, Ossufo Momade, assinaram em agosto de 2019 o Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, prevendo, entre outros aspetos, o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado do principal partido de oposição.

No âmbito do DDR, já foram desativadas 12 das 16 bases da Renamo e 68% dos cerca de cinco mil guerrilheiros do partido já foram desmobilizados.

André Magibire avançou que decorrem conversações com o Governo moçambicano visando resolver "todas as outras questões pendentes" no processo, entre as quais os atrasos das pensões dos guerrilheiros já desmobilizados, uma questão que tem sido recorrentemente levantada pelo partido.

"Os nossos combatentes não têm pensões até hoje, mas estamos a trabalhar arduamente e acreditamos que a breve trecho este problema estará ultrapassado", frisou.

O acordo de paz de 2020 foi o terceiro entre o Governo da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Renamo, após ciclos de violência armada, principalmente no centro do país.

LYN (EYAC) // VM

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