"Vocês estão na moda de fazer justiça pelas próprias mãos, enterram pessoas como se fossem ratos", disse Filipe Nyusi, falando com dirigentes da província de Maputo.

Nyusi exortou as autoridades e comunidades a pautarem pelo diálogo na resolução de conflitos e combate à criminalidade para as populações não recorrerem à justiça privada.

"Vocês têm de desenvolver o diálogo para evitar levantamentos, agitações e manifestações", enfatizou.

As populações, prosseguiu, devem ser incluídas na busca de soluções para a conflitualidade e criminalidade no seio das comunidades.

O chefe de Estado manifestou-se sobre a justiça pelas próprias mãos em Moçambique, numa referência à morte em junho, de sete pessoas, incluindo três polícias, soterradas vivas por populares no distrito da Manhiça, província de Maputo.

As vítimas eram acusadas de pertencerem a quadrilhas que se dedicam ao roubo de gado.

Na sequência do caso, várias pessoas foram detidas, desencadeando a revolta da população contra as autoridades, que chegou a barricar, por algumas horas, troços da Estrada Nacional N.º 1, a principal do país, e a amotinar-se no comando da polícia local.

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