"Tratava-se de autorizar a projeção nos termos das missões da NATO, em território da NATO, numa função de dissuasão -- e não de intervenção agressiva, obviamente, fora do território da NATO. Mas é muito significativa esta projeção, na medida em que comporta forças quer da Armada, quer do Exército, quer da Força Aérea", declarou Marcelo Rebelo de Sousa perante a comunicação social, no Palácio de Belém, em Lisboa.

O chefe de Estado e Comandante Supremo das Forças Armadas, que falava na Sala das Bicas, depois de ter recebido a embaixadora da Ucrânia em Portugal, considerou que esta disponibilidade militar no quadro da NATO "mostra o empenho e a solidariedade portuguesa, do mesmo modo que ela tem sido expressa, como se verá ainda hoje, no plano da União Europeia em termos económicos e financeiros".

Marcelo Rebelo de Sousa, que não respondeu a perguntas dos jornalistas, reiterou na sua declaração a "condenação veemente" da ofensiva militar lançada hoje de madrugada pela Federação Russa em várias partes do território da Ucrânia, "pela violação ostensiva e flagrante do direito internacional".

Sobre o parecer favorável dado hoje pelo Conselho Superior de Defesa Nacional às propostas do Governo para a participação das Forças Armadas Portuguesas em forças de prontidão da NATO, o Presidente da República sublinhou a "unanimidade que houve na deliberação dos conselheiros" e a "dimensão do contributo português".

IEL // JPS

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