José Ramos-Horta referia-se, em declarações à Lusa, à votação dos mais de 900 delegados do congresso que confirmaram, com ampla maioria, a reeleição dos quadros máximos do partido, o presidente Francisco Guterres Lú-Olo e o secretário-geral Mari Alkatiri.

"É uma decisão interna do partido que é normal de uma democracia interna. Uma nova geração de líderes tentou e não se organizaram devidamente, não conseguiram convencer o eleitorado interno da Fretilin, foram democraticamente derrotados", disse.

"A nota positiva é que aceitaram a sua derrota. O duo Francisco Guterres Lú-Olo e Mari Alkatiri prevaleceu indiscutivelmente, ficando sem margens para dúvidas sobre quem é que manda na Fretilin", referiu.

Os dois líderes integravam a única lista apresentada ao voto secreto.

"Foram reeleitos com 764 votos a favor, 106 contra e 47 nulos", confirmou fonte do partido.

A votação na lista única ocorreu depois da comissão de verificação ter desqualificado uma lista alternativa, formada pelo ex-primeiro-ministro timorense, Rui Araújo e o deputado José Somotxo.

Em causa, na desqualificação, estaria o facto da lista não ter recolhido o mínimo de 10 delegados proponentes por cada município perfazendo um total mínimo de 20% dos delegados com direito a voto.

Rui Araújo, José Somotxo e outros apoiantes da lista saíram durante o congresso do novo elenco do Comité Central da Fretilin.

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