De acordo com dados do Índice de Produção na Construção Civil (IPCC), compilados hoje pela Lusa, no segundo trimestre do ano a produção voltou a ser negativa, tal como no primeiro trimestre (-3,9%) e no último trimestre de 2021 (-8,9%).

No terceiro trimestre de 2021, o IPCC já tinha estagnado (0,0%) e o último crescimento na produção registou-se no segundo trimestre de 2021 (+63%), de acordo com o histórico do INE.

A diminuição da produção na construção civil no segundo trimestre deste ano, 0,8% em relação ao mesmo período de 2021, foi acompanhada, segundo o INE, pela diminuição da venda de materiais de eletricidade (-25,8%), materiais de base (-8,5%) e materiais de instalação e canalização sanitária (-3,4%).

"O contributo dos materiais de base foi determinante na variação (negativa) global do índice de produção na construção civil, em decorrência do seu peso na construção civil. Os materiais de pintura foram os que mais contribuíram para atenuar a variação negativa do índice", refere o INE de Cabo Verde.

O arquipélago enfrenta uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística - setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago - desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.

Em 2020, registou uma recessão económica histórica, equivalente a 14,8% do PIB, seguindo-se um crescimento de 7% em 2021 impulsionado pela retoma da procura turística. Para 2022, devido às consequências económicas da guerra na Ucrânia, nomeadamente a escalada de preços, o Governo cabo-verdiano baixou a previsão de crescimento de 6% para 4%.

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