Em declarações à agência Lusa, o deputado e dirigente Rui Rocha define as suas propostas nesta disputa interna pela liderança da Iniciativa Liberal (IL) como a "continuidade do crescimento".

O objetivo do candidato -- a quem se opõe para já a também deputada e dirigente Carla Castro -- passa por "manter e potenciar" os fatores que levaram ao sucesso da IL", sejam pessoas ou ideias, mas também reforçar "essas propostas quer com alguma renovação da própria comissão executiva quer com o acrescentar de algumas propostas que até por limitações dos meios que o partido tinha não estavam ainda sobre a mesa".

Com a lista para a comissão executiva já "numa fase muito adiantada", Rui Rocha afirma que terá na sua equipa "pessoas que foram determinantes para o sucesso" dos liberais e revela quatro nomes para a sua direção, o primeiro dos quais Ricardo Pais Oliveira, atualmente vice-presidente de João Cotrim Figueiredo, e que pretende que continue com o mesmo cargo.

A deputada Joana Cordeiro é uma das novidades desta lista, considerando o candidato tratar-se da "imagem do sucesso da IL" já que foi eleita por Setúbal, "provavelmente quando muito poucos acreditavam" que o partido pudesse eleger por aquele círculo eleitoral.

Outra das novidades para este órgão é André Abrantes Amaral, "uma pessoa conhecida pela sua presença na discussão liberal e pelas suas ideias liberais", enquanto Rui Ribeiro é um nomes que transitará da atual comissão executiva.

Entre as "propostas internas para libertar o potencial da IL", Rui Rocha adianta que uma das primeiras iniciativas como presidente será "propor no Conselho Nacional a abertura de um processo de revisão estatutária".

"A IL tem que ser mais forte quer no que diz respeito ao que está virado para fora quer no que diz respeito à sua própria organização interna. Temos que arranjar forma de dar voz aos membros, de libertar esse potencial", justifica.

Esperando os muitos contributos dos membros para essa revisão estatutária, o candidato revela que um dos pontos que pretende discutir é o das inerências por achar que as inerências da comissão executiva "podem ser um problema tendo em conta o seu peso no conselho nacional".

Deixando claro que quer que os membros da IL "tenham uma voz determinante na condução do partido", Rui Rocha pretende "potenciar todas as ideias fundamentais" que o partido trouxe para o debate político como "a liberdade individual, de expressão, económica, política e social" e fazer crescer, no centro das propostas, "as questões fiscais e a liberdade de escolha na saúde ou na educação".

"Sobre esta camada fundamental, uma nova camada de propostas de matriz liberal para problemas fundamentais dos portugueses onde eventualmente a IL ainda não marcou uma presença tão vincada como nas outras como na habitação, energia, segurança, mobilidade e revitalização do interior", adianta.

A estratégia de Rui Rocha passa pela proximidade quer dentro do partido quer externamente, comprometendo-se a estar "no país todo" já em campanha interna, mas também depois como presidente.

JF // EA

Lusa/fim