Segundo o último relatório de guerra, as forças da Ucrânia destruíram quatro tanques, dois sistemas de artilharia, 10 unidades blindadas e 11 veículos russos.

O Estado Maior disse que os esforços da Rússia estão concentrados no leste da Ucrânia, nomeadamente no cerco do porto estratégico de Mariupol, no Mar de Azov, e numa ofensiva na cidade de Izyum, junto ao rio Donetsk, na região de Kharkiv.

As tropas russas continuam a bloquear a cidade de Kharkiv e a colocar minas para impedir "o avanço das tropas ucranianas", disse o relatório.

O governador da região de Kharkiv, Oleg Sinegubov, anunciou a morte de pelo menos 14 pessoas nas áreas residenciais de Saltivka e Oleksiivka, bem como num edifício da empresa Tractor Plant, que fabrica máquinas agrícolas.

De acordo com o Estado Maior do exército ucraniano, em Izyum, representantes da autoproclamada "República Popular de Donetsk estão a desempenhar as funções de "polícia" local e a realizar "verificações ilegais de documentos e registos de pessoas".

Na quinta-feira, o porta-voz da República Popular de Donetsk, Eduard Basurin, disse que os principais combates no centro de Mariupol haviam terminado e que "pouco a pouco" estavam a expulsar os ucranianos para a zona industrial de Azovstal, nos arredores da cidade.

Em resposta, Oleksiy Arestovych, assessor do chefe do Gabinete do Presidente, disse numa conferência de imprensa em Kiev, disse que a Rússia havia retomado a ofensiva em Mariupol, mas que as tropas ucranianas estavam a resistir.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A guerra matou pelo menos 1.611 civis, incluindo 131 crianças, e feriu 2.227, entre os quais 191 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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