O porta-voz adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Farhan Haq, disse hoje que o secretário-geral, António Guterres, pediu esforços para diminuir as tensões em toda a região.

Falantes de russo da região do Trans-Dniester, uma faixa de terreno com cerca de 470.000 habitantes entre a Moldova e a Ucrânia, que se separou nominalmente da Moldova em 1990, um ano antes da dissolução da União Soviética, temem que o país se possa fundir em breve com a Roménia, cuja língua e cultura compartilham amplamente.

A região separatista travou uma breve guerra com a Moldova em 1992 e declarou-se um estado independente, embora permaneça não reconhecida por nenhum país, incluindo a Rússia, que tem cerca de 1.500 soldados no local, chamando-os de forças de paz. Há grandes preocupações de que essas forças possam ser usadas para invadir a Ucrânia a partir do oeste.

Farhan Haq afirmou que a ONU continua a apoiar totalmente os esforços da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), para chegar a uma solução política do conflito Trans-Dniester no chamado processo 5+2, que compreende Trans-Dniester, Moldova, Ucrânia, Rússia e a OSCE, com os Estados Unidos e a União Europeia como observadores.

O objetivo é fortalecer a independência, soberania e integridade territorial da Moldova, com um estatuto especial para Trans-Dniester.

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