"Não podemos normalizar isto. Esta é a realidade do que está a acontecer todos os dias, enquanto a brutalidade da Rússia contra a Ucrânia continuar", disse Blinken à CNN, reafirmando que os Estados Unidos irão contribuir para "documentar" possíveis "crimes de guerra" para que os agressores sejam responsabilizados.

No entanto, recusou-se a dizer se considera que estes são "crimes contra a humanidade" ou mesmo atos de "genocídio".

Antony Blinken afirmou ainda que a Rússia tinha, desde o início, três objetivos com a invasão da Ucrânia.

"O primeiro era subjugar a Ucrânia e tirar a sua soberania e independência; o segundo era afirmar o poder russo; o terceiro era dividir o Ocidente e a NATO", sustentou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, denunciou hoje um "massacre deliberado" na cidade de Busha, recapturada recentemente pelos ucranianos ao exército russo, onde muitos cadáveres foram encontrados.

"O massacre de Busha foi deliberado. Os russos querem eliminar o maior número possível de ucranianos. Devemos prendê-los e expulsá-los. Exijo novas sanções devastadoras do G7 AGORA", publicou o ministro na rede social Twitter.

A agência e notícias AFP viu no sábado os corpos sem vida de pelo menos vinte homens com roupas civis numa rua de Busha. Um dos homens tinha as mãos amarradas e os corpos estavam espalhados por várias centenas de metros.

A causa de sua morte não pode ser determinada imediatamente, mas uma pessoa tinha um grande ferimento na cabeça, adiantam.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Liz Truss, também denunciaram hoje os "atos revoltantes" e as "atrocidades" cometidas pelo Exército russo em Busha e na região de Kiev.

AAT (CSR/PE) // JPS

Lusa/Fim