Bom, para já, e a menos que alguma hecatombe tenha lugar, Jorge Jesus prepara-se para iniciar a próxima época ao serviço do Sporting CP, a sua terceira aos comandos dos verde-e-brancos. Trata-se de um recorde na “era Bruno de Carvalho” em Alvalade, uma vez que os antecessores de JJ apenas permaneceram uma época no banco do clube leonino.

Depois de um segundo lugar em 2013/2014, Leonardo Jardim partiu para o Mónaco, onde agora lutar pelo primeiro lugar na Ligue 1. Depois da vitória (épica, refira-se...) contra o SC Braga na final da Taça de Portugal na época seguinte, Marco Silva deixou o Sporting CP, naquela que talvez tenha sido a decisão menos consensual do primeiro mandato de Bruno de Carvalho à frente dos leões.

Para o lugar de Marco Silva chegou Jorge Jesus, treinador de inegáveis pergaminhos por terras lusas, tricampeão pelo SL Benfica e homem até então pouco amado pelos adeptos do clube de Alvalade. Uma época histórica, em que bateu o recorde de pontos do clube no campeonato, não foi suficiente para bater o SL Benfica que tinha deixado no outro lado da Segunda Circular e que chegou a estar a 7 pontos dos leões.

Esta época, o maior investimento de sempre num plantel do Sporting CP e a chegada de jogadores com créditos firmados como Campbell, Markovic, Elias ou Bas Dost, todos internacionais pelos seus países, pareciam indicar que os leões estavam prontos a “dar o salto”. Mas não. Não foi isso que aconteceu. Os resultados menos positivos depois de jogos europeus e as derrotas traumáticas com Real Madrid e SL Benfica fizeram mossa na moral leonina. E o Sporting CP chegou a esta altura da época, a fase mais decisiva, a não poder lutar por nada sem ser assegurar o terceiro lugar na liga portuguesa.

Agora? Agora é ficar na história

Voltando ao título deste texto: então “e agora, Bruno”? Bom, agora é ganhar. Ganhar, ganhar, ganhar. Bruno de Carvalho já vai ficar na história do Sporting CP por algumas razões: maior vitória de sempre em eleições, construção do pavilhão, maior transferência de sempre. Faltam-lhe títulos. E não é por acaso que o presidente reeleito apontou aos dois títulos nacionais no próximo mandato.

Bruno de Carvalho quer mais do que aquilo que conseguiram José Roquette e Dias da Cunha, últimos presidentes campeões pelo clube leonino. Bruno de Carvalho aponta ao Olimpo dos presidentes do clube, onde João Rocha aparece como Zeus. Foi o presidente com mais tempo de mandato e apesar de só ter conquistado três campeonatos em 13 anos, não é ao acaso que é o seu nome que aparecerá no futuro pavilhão das modalidades do Sporting.

É para a história que Bruno de Carvalho aponta. É lá que quer ficar. Para além do apoio da grande maioria dos sportinguistas, tem um aliado de peso sentado no banco dos suplentes: Jorge Jesus, o maior ego do futebol português (sorry, Jose), quer ganhar em Alvalade e tornar-se no treinador que devolveu os títulos nacionais ao Sporting CP, tal como o seu querido-inimigo-agora-amigo Augusto Inácio fez no ano 2000, depois de 18 anos de “seca”.

Ganhando no Sporting CP, Jesus fica também na história do clube. Para depois seguir para o Dragão? Só o futuro o dirá. Mas nessa altura, se Bruno de Carvalho ainda estiver no clube, Jesus já sabe com o que conta da parte do agora presidente: gratidão pelo trabalho feito e “bardamerda para todos os que não são do Sporting Clube de Portugal”.

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