I'll be back é uma frase clássica do cinema, e eu, que tenho os meus momentos de profunda infantilidade, imagino Obama a dizer alto e bom som que regressará. Não vai acontecer? Pois, talvez não.
Ontem, o 44º Presidente dos Estados Unidos da América quebrou o protocolo e falou no dia em que um novo presidente tomava conta dos destinos do país (e, já agora, dos códigos nucleares). Não o deveria ter feito, há quem o afirme. O problema é que a tradição já não é o que era e hoje, com este presidente-empresário-entertainer de reality shows tudo o que tomamos como princípio, direito humano ou bom senso... bom, digamos que é passado.
Estragou-se o sonho americano para venda exterior, porque a velha Europa, sempre a admirar a juventude e ousadia dos norte-americanos, vê com horror a eleição deste homem cujo nome - qual Voldemort - não me atrevo a dizer.
É o fim de um tempo, o princípio de outro. Nada do que sabemos sobre a maior potência do mundo será igual. E a palavra Liberdade, que tanto prezamos, essa herança da Revolução Francesa, corre perigo de vida.
Porque ser livre é não ter medo. Eu tenho muito medo do que será o mundo depois do dia de hoje. Não estou sozinha, certamente. Dava jeito um feitiço do tempo? Talvez.
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