Citado pelo País, o principal diário privado em Moçambique, António Beleza, técnico do CENOE, que liderou o ensaio para a utilização de drones na província de Sofala, centro do país, afirmou que o recurso a estes instrumentos visa um apuramento mais fiável da situação nas zonas cercadas por cheias.

“Com os drones podemos ver em modelo digital quais as casas afetadas e em caso de necessidade de evacuação, quais são as rotas que devemos usar e com que meios, para dar uma resposta adequada e em temo útil”, afirmou António Beleza.

A utilização dos drones nas áreas inundadas permite igualmente o acompanhamento da situação em tempo real no comando do CENOE.

“Numa área de 400 metros, o drone precisa de apenas 13 minutos para transmitir a situação real daquela região, voando a 60 metros de altura”, declarou.

Anteriormente, seriam necessárias duas a três semanas para o processo de coleta de dados e, depois, mais de um mês para a elaboração do relatório”, frisou António Beleza.

Moçambique é ciclicamente afetado por calamidades naturais, incluindo inundações, que ocorrem entre finais e princípios de cada ano.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Gestação Calamidades (INGC) indicou que oito pessoas morreram devido ao mau tempo no norte de Moçambique, tendo anunciado igualmente que foi decretado um alerta laranja na região.