O programa está aberto a toda a região Norte, mas também a todo o país, se o projeto for executado no Norte. Durante dois anos, o RESOLVE irá financiar um mínimo de dez projetos até 75 mil euros cada.

Seguindo o i3S, na primeira chamada o programa recebeu 26 candidaturas e há já sete equipas a receber apoio. Das candidaturas selecionadas incluem-se tecnologias para amputados, revestimento de cateteres para evitar infeção hospitalar, deteção de células tumorais em circulação ou implantes ósseos.

O principal objetivo do RESOLVE é criar “as condições necessárias para que tecnologias inovadoras consigam dar rapidamente o salto para uma fase que desperte o interesse de investidores e assim ganharem autonomia”, refere o i3s.

Em comunicado, João Cortez, um dos membros da equipa do programa, esclarece que o RESOLVE representa uma “oportunidade única para financiamento de provas de conceito, complementando outros programas de aceleração que existem no país”.

Segundo Margarida Rossi, outro dos membros da equipa do programa, “a maioria das tecnologias com potencial comercial não saem da gaveta, pois os autores não conseguem atravessar aquilo que, na gíria, chamamos o vale da morte”.

De facto, salienta Margarida Rossi, há uma etapa crucial ao desenvolvimento tecnológico que conta com poucos apoios.

Essa etapa consiste, normalmente, em terminar o protótipo e provar que o conceito que o sustenta pode ter interesse de mercado.

“A maioria dos financiamentos disponíveis servem a fase inicial, ainda de investigação pura, ou apenas muito mais à frente no ciclo, quando a tecnologia está pronta para tentar entrar no mercado. A descoberto fica esta fase de desenvolvimento intermédia, o denominado vale da morte”, acrescenta.

João Cortez explica que existem já alguns prémios de inovação que, não sendo dirigidos exclusivamente a esta fase de desenvolvimento de tecnologias, podem apoiar projetos nestas condições.

O RESOLVE, no entanto, “vai muito além do financiamento, ao acompanhar com mentoria especializada cada um dos projetos financiados e disponibilizando um conjunto de recursos e ferramentas essenciais para que o processo de valorização corra bem”, sustenta.

De acordo com João Cortez, “os novos empreendedores que têm algo promissor em mãos, muitas vezes conhecem mal as etapas que devem seguir, os pontos críticos que devem validar para provarem que o protótipo é apetecível aos mercados, ou que caminhos deverão seguir em situações muito concretas”.

O RESOLVE, que a equipa denomina de programa de ignição de tecnologias, existe precisamente para “criar todas as condições, quer financeiras (até 75.000 euros por projeto), quer de acompanhamento e orientação, quer através da disponibilização de um conjunto de ferramentas essenciais para ultrapassar essa fase”, salienta João Cortez.

O concurso aos apoios pelo programa encontra-se aberto até às 18:00 do dia 27 de março.

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