Desenvolvido na Suécia pela bióloga Susanne Wiigh-Mäsak, o "Promession"  prepara o cadáver para um processo natural de decomposição, possível porque o corpo não é submetido a manipulação violenta ou destrutiva.

Apaixonada por jardinagem e formada em biologia, Susanne disse, em declarações ao Atlas Obscura, que estava preocupada com o impacto ambiental dos funerais atuais. A melhor forma de a matéria orgânica voltar à terra é através de processos de decomposição natural: os materiais transformam-se num fertilizante rico em nutrientes, que mantém o solo saudável, possibilitando a continuação do ciclo da vida.  

E agora os detalhes: como funciona o "Promession"?

Após o velório, o corpo é transportado para o "Promator", uma máquina automatizada que processa o cadáver. De seguida, é criogenado com nitrogénio líquido.

Nesse estado, o cadáver é pulverizado e depois desumidificado, através dum processo de "vibração ultra-sónica". Em fragmentos, é movido para uma câmara de vácuo que remove o excesso de líquido (70% da composição do organismo,) que será evaporado e disperso na atmosfera como vapor natural. Neste ponto, conforme explica o site, os restos mortais retêm apenas cerca de 30% do peso inicial e não têm qualquer semelhança com os tecidos humanos.

O corpo seco, já em pó, passa por correntes eléctricas para extrair os metais. Este processo elimina quaisquer materiais potencialmente nocivos, como chumbo de dentes ou próteses. Resta um pó estéril,  livre de microorganismos, que pode ser enterrado no solo.

O pó é então colocado num pequeno caixão biodegradável feito de milho ou de amido de batata, que depois é posto numa campa rasa a apenas 30-50 centímetros da superfície. Os restos mortais demoram 6 a 18 meses a transformar-se em novo solo.

Um vídeo no Youtube ilustra, através duma animação, as várias fases do processo.

Susanne, que entretanto cirou a empresa Promessa, ainda não passou para a fase de execução do processo em corpos humanos, mas já foram feitos testes bem sucedidos em porcos.