Atualmente, a maior parte das placas de energia solar são à base de sílica, mas desde 2009 que se estuda a hipótese de se usar perovskitas. No entanto, só em 2012 os cientistas da Universidade de Oxford foram capazes de alcançar ganhos de eficiência de cerca de 10 por cento com este material. A perovskita é um mineral que é facilmente produzido em laboratório.

A equipa liderada por Olga Malinkiewicz desenvolveu um protótipo funcional de um carregador de telemóvel com base numa folha flexível, com uma camada de cristais de perovskita. Esta nova tecnologia é já vista como a nova esperança para se reduzir os custos da energia solar.

"Desenvolvemos uma tecnologia que permite produzir o cristal perovskita em folhas flexíveis. E, como se pode fazer uma célula solar eficiente a partir destas folhas, que são muito finas e leves, será possível coloca-las num telhado ou mesmo sobre objetos que não tenham uma forma plana", explicou Malinkiewicz à Reuters.

Olga Malinkiewicz esclareceu também que a "principal diferença entre a sílica e a perovskita é que esta não exige  temperaturas de processamento elevadas. Assim, todo o processo de produção da célula é muito menos dispendioso, de modo que a perovskita será muito mais barata do que umaa célula de sílica com a mesma eficiência."

A empresa de Malinkiewicz, Saule Technologies, pretende que este protótipo consiga funcionar durante mais tempo e que seja capaz de suportar o uso diário. Se isso acontecer, esta tecnologia poderá ser usada numa ampla variedade de dispositivos, tais como tablets e computadores portáteis.  Existem já planos para o seu uso em materiais de construção, tais como janelas ou materiais de cobertura. No entanto, é preciso primeiro desenvolver uma técnica que permita passar as perovskitas para superfícies extensas.