O termo assinado pelo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf, prevê ações bilaterais de cooperação técnica, incentivo à participação de empresas dos dois países em eventos de 'startups', e a elaboração de diretrizes para estimular o investimento de incubadoras e empresários do Brasil e de Portugal nestas companhias.

"Esta colaboração e os incentivos que estamos a criar vão dar mobilidade aos startups. Num futuro próximo poderemos ter empresas portuguesas desenvolvendo negócios interessantes no Brasil ou sendo apoiadas financeiramente pelas incubadoras que atuam aqui [no Brasil]. Também poderemos ter empresas brasileiras que querem desenvolver ações no mercado europeu indo para Portugal", explicou.

O representante do Governo destacou que para incentivar tais negócios inovadores, criados por empreendedores que "serão responsáveis por grandes mudanças no futuro", sendo necessário construir pontes com empresas e instituições privadas.

"Este é o caso deste memorando que assinamos com a Fiesp, que também é uma referência em todo o Brasil", afirmou.

Caldeira Cabral também lembrou que as parcerias de Portugal com o Brasil na área de inovação são discutidas há algum tempo, citando encontros que teve com o ministro brasileiro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, em Brasília e em Macau.

O ministro disse que pretende apoiar um evento de 'startups' realizado no Brasil chamado Acelera, que pretende divulgar em Portugal. Ele também afirmou que deseja trazer mais empresa inovadora do Brasil ao Web Summit Lisboa.

Questionado pela agência Lusa sobre a afirmação do primeiro-ministro, António Costa, que em outubro destacou, no Brasil, que os empresários dos dois países devem deixar de apenas falar e passar a transformar em negócios o bom relacionamento estabelecido há muitos anos, Caldeira Cabral mostrou-se otimista e disse que algumas parcerias já estão a passar do campo das ideias para o das ações.

"Este memorando que assinamos hoje e o que assinámos no Rio de Janeiro [em setembro passado] são concretizações da abertura das portas [entre Brasil e Portugal], que vão permitir uma colaboração maior para promover o empreendedorismo", afirmou.

Este protocolo com a Fiesp não foi o primeiro convênio firmado com uma ainstituição brasileira, já que em setembro passado, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado da Indústria de Portugal já haviam assinado um acordo parecido.

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