Na correria da Web Summit também se vêem casais, e há até os que levam os filhos. Mas o QR code que os participantes trazem ao pescoço não dá para perceber qual o seu estado civil, contudo depois de o SAPO24 ter falado com algumas aplicações de encontros pode assegurar que há bastantes solteiros e outros com casamentos a precisar de terapia.

Do Chipre chega a Flirtini, uma startup que quer transformar o mundo dos encontros numa "experiência virtual imersiva, para conecções profundas e autênticas". No pitch que fizeram na Web Summit dizem que a grande vantagem é a sua capacidade de fazer "matchmaking", o tão português "arranjinho". Tanto para quem quer encontrar amigos, como para quem procura encontrar amor. Com base em quê? Na hierarquia de necessidades de Maslow, uma teoria da psicologia de 1943 que define cinco categorias de necessidades humanas: fisiológicas, segurança, afeto, estima e as de auto realização. A Flirtini tentou a websummit encontrar o investidor que fizesse "match" consigo.

Já Brendan Teller criou a Blindr a partir de outro persusposto, para que outros não passassem pelo mesmo que ele. Brendan sabe bem o que é não poder ir a encontros de forma livre e segura, cresceu numa comunidade nos EUA onde isso não era possível "nunca senti que pertencesse a nada, nem que fosse seguro assumir-me, por causa disso criei esta app". Diz que como "infelizmente" esta realidade não mudou em muitos sítios desde a sua infância não tinha hipótese de não a criar. E, curiosamente, temos gente de muito lado do mundo como, por exemplo do Médio Oriente. E outras áreas do planeta onde ainda não é seguro ser-se LGBT".

A aplicação de Brendan fala é uma aplicação de encontros LGBTQIA+, a primeira onde não se tem que dizer qual a orientação sexual e, por isso, "está aberta a todos". Começámos há um ano e já temos mais de 5 mil utilizadores tem sido tudo feito de forma muito orgânica temos estado a criar e a crescer de forma natural. Só queremos criar a experiência de ir a encontros possível e agradável para toda a gente.

Na Web Summit o objetivo é mostrar a app à comunidade internacional e conhecer investidores que ajudem a crescer.

Se a Flirtini e a Blindr tentam resolver o problema a montante, a Ourspace vem da Arménia para resolver o problema a jusante.

Norik Melkonyan, CEO, criou um "uma assistente pessoal de saúde mental", que está em busca de investimento. Mas é mais que isso, "a aplicação disponibiliza terapeutas familiaries certificados. Os casais que tenham um problema, dizem qual é e nesta plataforma, com ajuda de inteligência artificial, encontram apoio personalizado, ou a hipótese de agendar uma consulta".

A app que é ter um terapeuta de casal na palma da mão, tem ainda disponível a opção de chatbot, onde se "pode perguntar qualquer pergunta básica de dia-a-dia de um casal", mas que por mais básica seja às vezes pode ter associados tantos problemas se a resposta for errada. á ainda jogos psicológicos e quizz para melhorar a relação, Norik diz que o objetivo é fazer com que a aplicação deixe de ajudar apenas os casais da Arménia, mas sim outros em todo o mundo. Na Web Summit falaram já com sete potenciais investidores, e cinco desses garantem investimento se a OurSpace conseguirem trabalhar com as regras europeias de OpenID, e ter sede na Europa. Na Web Summit há quem procure o amor, e há quem procure fazer negócio com o amor.