nos·tal·gi·a
(francês nostalgie, do grego nóstos, -ou, regresso a casa, viagem + grego álgos, -ous, dor)
substantivo feminino.

1. Tristeza profunda causada por saudades do afastamento da pátria ou da terra natal.
2. Estado melancólico causado pela falta de algo ou de alguém.

"Nostalgia", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/Nostalgia [consultado em 27-10-2017].

O ano era de 2016, mas todo o aspecto de “Stranger Things” nos empurra para os anos 80, pois todo o enredo que os irmãos Duffer nos apresentam ilumina uma página de história em tons spielbergianos, com reminiscências em tudo semelhantes às que "Super 8" (2011), de J.J Abrams, apresentou. Quem o diz é a revista The Atlantic, que escreveu sobre os primeiros seis episódios desta reconstrução do passado.

Uma maneira dos criadores o conseguirem foi captando a essência e nuance sonora da época. A sua sinistra, arrepiante, estranha e esquisita banda sonora é um dos seus principais veículos para lá chegar. É quase que um perfeito carrossel que acontece debaixo da pele e que se tornou objeto de obsessão por parte de quem assiste a este original da Netflix. A Rolling Stone, que falou com Kyle Dixon and Michael Stein, dos Survive, os seus responsáveis, define o som da série como “parte John Carpenter, parte Giallo italiano [género literário e cinematográfico de suspense, thrillers ou paranormal/terror, que teve o seu auge nas décadas 60-80], parte Giorgio Moroder; todas elas acarinhadas com técnicas vintage”. (Por cá, ainda que numa escala diferente, soa um bocadinho aos portugueses Ghost Hunt.)

Na série, os criadores apresentam-nos a realidade de Mike, um rapaz nos primórdios da sua adolescência, que vive numa pequena cidade do Indiana, e do seu grupo de amigos. Mas o foco, o busílis, é mesmo o desaparecimento de uma criança, Will, filho de Wyona Ryder, que vira Hawkins do avesso e redefine a calmaria que a categoriza. A esta premissa acrescem os fenómenos paranormais, as conspirações governamentais e um mundo de ilusões adensam a narrativa. Há ainda que referir uma rapariga de 12 anos, de cabelo rapado, pouca fala e com um apetite voraz — só que dotada de poderes. E que se chama Eleven.

créditos: Netflix | Promo, Season 2

“Hey Google, queria falar com a Eleven da série Stranger Things”

Agora, de acordo com um artigo da Fast Company, vai ser possível jogar uma aventura que nos transporta bem para o ceio da história. Quase literalmente, visto que poderá falar com as personagens e entrar para a cave de Mike Wheeler.

Utópico? Impossível? Nem por isso. “Basta” ter acesso à Google Home, a coluna inteligente do gigante tecnológico, que, aquando ligado ao Wi-Fi, dá acesso a um sistema de inteligência artificial, a aplicação Google Assistant, e onde poderá ter acesso a informação como o tempo, trânsito, desporto, entre outras coisas. E agora irá dar acesso a Hawkins.

Os jogadores vão responder a questões relacionadas com a nova temporada, para conseguir atingir o objetivo final: entrar para Clube dos AudioVisuais da Escola EB 2, 3 de Hawkins, sob a tutela do Prof. Scott Clarke.

Uma responsável da marca Google Home revelou que poderá “transportar” o jogo para a TV, não estando a jogabilidade apenas confinada à coluna. “Durante o processo criativo, tivemos várias reuniões com a equipa criativa da Netflix para mergulhar na 2ª temporada. E quando começamos a pensar na Google Home como um walkie-talkie, as possibilidades foram infinitas”, explicou Kelsy Gliva.

O jogo vai estar dividido em 5 capítulos para ser fiel à série. Por essa mesma razão, é recomendável que, quem tenha acesso ao aparelho, pare para “ver a série primeiro”. O jogo terá a duração aproximada de 20 minutos.

A segunda temporada tem início um ano depois dos eventos que definiram a primeira, mais concretamente o Halloween de 1984 — onde, por razões óbvias, os heróis se mascaram de Ghostbusters. Para além da introdução de uma nova personagem, vamos saber em que estados de espírito se encontram depois de tudo o que descobriram e passaram.

Numa entrevista recente à Entertainment Weekly, os criadores Ross and Matt Duffer disseram que preconizaram a série para continuar durante quatro ou cinco temporadas, mas o plano pode mudar com o decorrer da produção.

"Tudo muda enquanto avançamos, portanto vamos ver. Quero que tenha um final finito. Não quero que seja uma daquelas séries que perde o gás e perde-se o fio à meada porque se está a perder o interesse. Queremos acabar enquanto estivermos na mó de cima", acrescentou Matt.

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