O cofundador da Web Summit salientou que, no início, a organização indicava que o número de participantes seria 10.000, depois nos últimos meses foi crescendo.

"E agora esperamos o máximo de 40.000 pessoas de todo o mundo", acrescentou Cosgrave, que falava na conferência de imprensa sobre a edição 2021 da cimeira tecnológica, que decorre entre 01 e 04 de novembro.

Por sua vez, o ministro do Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, considerou o número de participantes esperados uma "excelente notícia para a economia da cidade e do país".

O ministro destacou o facto deste ano haver "condições finalmente para regressar fisicamente ao Parque das Nações e ao pavilhão da Altice Arena e à FIL" para a realização da cimeira tecnológica.

"É muito bom perceber que a aposta que fizemos há alguns anos em fixar em Portugal a Web Summit vai dar um contributo essencial para a recuperação da nossa atividade, essencialmente a meio da chamada época baixa de outono", salientou.

"Iremos fazer coincidir com a realização da Web Summit uma melhor visualização e ponto de situação sobre o estado da nossa rede de empreendedorismo", referiu, recordando que Cosgrave tinha afirmado que durante estes dois anos que decorreram desde a pandemia "tiveram um efeito de aceleração da transição digital e permitiram a muitas empresas, muitas 'statups' no setor tecnológico crescerem muito significativamente".

O governante apontou que no último ano mais duas empresas portuguesas atingiram o estatuto de unicórnio e que há agora um conjunto de 'startups' que se apresentam ao mundo com modelos inovadores.

O ministro disse ainda que serão promovidas duas medidas importantes: "em primeiro lugar esperamos ter condições para realizar fisicamente a primeira assembleia-geral da European Startups Nations Alliance", em Portugal, durante a Web Summit, avançou.

"Será também uma oportunidade de apresentarmos o nosso novo pacote de apoio ao empreendedorismo e à inovação, o que coincidirá com a dinamização acrescida que pretendemos fazer chegar" a este ecossistema.

Siza Vieira acrescentou que a colaboração com a Web Summit "se tem revelado muito positiva para país", salientando que foi solicitado à Universidade do Minho que fizesse uma avaliação do impacto económico e fiscal da cimeira.

"Claramente esta é uma aposta vencedora, em 2019 tivemos 70 mil visitantes, um impacto sobre a procura interna de cerca de 72 milhões de euros e um impacto sobre a receita fiscal nacional de 24,9 milhões de euros".

Mas do ponto de vista internacional, da perceção que os observadores internacionais têm sobre a Web Summit, "aquilo que rapidamente concluímos é que o impacto económico da Web Summit vai muito para além destes números diretos", sublinhou.