Considerada a primeira rede social portuguesa dirigida aos jovens, o projeto arrancou em 26 de novembro do ano passado, representando um investimento "até ao momento de cerca de 300 mil euros", disse Luís Miguel Montez, presidente executivo da Younyk.

"Prevê-se um investimento total de um milhão de euros até 2019", disse o responsável, acrescentando que este montante "inclui o desenvolvimento já realizado da plataforma 'web' e respetiva manutenção evolutiva", como também o marketing e comunicação.

A aplicação da Younyk.com vai passar a estar disponível nos sistemas operativos dos telemóveis Android e iOS "a partir de 10 de junho".

Questionado sobre quando é que esperam obter o retorno do investimento, Luís Miguel Montez explicou que atualmente "o foco é obter massa crítica de utilizadores que se inscrevam na rede e comprovem que nela encontram funcionalidades que não estão disponíveis nas outras redes sociais".

A partir de setembro próximo, "espera-se o início da obtenção de receitas com publicidade, nas suas diversas modalidades, mas as mais-valias obtidas serão reinvestidas no melhoramento do projeto e preparação da internacionalização", acrescentou o presidente executivo, salientando que, por isso, o retorno do investimento para os acionistas é esperado "só a partir de 2020".

Até atingir o 'break-even' [equilíbrio entre o investimento e as receitas], a rede social "é financiada com capitais próprios dos acionistas e eventualmente com apoios no âmbito do Portugal 2020", sendo que atualmente a empresa aguarda o resultado das candidaturas.

"Futuramente, o financiamento será feito através de receitas publicitárias, isto é, publicidade 'online' e patrocínios, bem como comissões sobre eventuais transações realizadas na plataforma (venda direta ou indireta de produtos, serviços)", acrescentou Luís Miguel Montez.

O presidente executivo adiantou que espera atingir 100 mil utilizadores no final deste ano, considerando tratar-se de um objetivo "bastante prudente".

A plataforma está disponível em quatro línguas: português, inglês, francês e espanhol.

Sobre internacionalização, o plano contempla "inicialmente a conjugação de três principais fatores: proximidade físca, dimensão do mercado e avanço tecnológico".

Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) estão contemplados numa segunda fase, "devido à reduzida taxa de penetração de utilizadores de Internet".