“Quatro dias que reúnem o melhor da música nacional e internacional”, nas palavras do administrador do CCB Delfim Sardo, que acrescentou tratar-se de uma iniciativa que coincide com a inauguração de uma exposição da cantora, escritora e ativista Patti Smith, no dia 22 de março de 2024, também no CCB.

O Belém Soundcheck, que celebra o início da primavera, vai ser uma coprodução do CCB com a Égide — Associação Portuguesa das Artes, Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC) e Instituto Italiano de Cultura de Lisboa.

No campo dos festivais, o CCB vai manter as parcerias já existentes com o Temps d´Images, Alkantara e Festival de Almada, acrescentou ainda Delfim Sardo.

Já o presidente do conselho de administração do CCB, Elísio Summavielle, afirmou que a programação da nova temporada é definida por “um aprimoramento do conceito de cidade aberta, enquanto cidade de todas as artes”, mostrando-se confiante de que, passada a pandemia, 2024 seja um “ano pleno”.

Com taxas de ocupação “muito boas, muito simpáticas e expressivas” nos últimos tempos, a rondar os 80%, Elísio Summavielle acrescentou esperar que no final deste ano o CCB “ultrapasse os bons resultados de 2019”.

Entre as novidades para a programação da temporada 2023/2024 do CCB está a encomenda de um estudo sobre o público da instituição, que já está concluído e será divulgado a 14 de setembro, segundo a administradora Madalena Reis.

A possibilidade de diálogo e troca das diversas formas artísticas, a tentativa de encontrar novas formas artísticas no campo da música, materializada no programa Take off — que levará ao CCB espetáculos com músicos como o trompetista português Luís Vicente, o alemão Burnt Friedman ou o conjunto vocal norte-americano Roomful of Teeth, entre outros -, constam também da programação da nova temporada.

“Atravessar o fogo”, um ciclo de concertos a decorrer aos sábados com curadoria de Martim Sousa Tavares, é outra das atividades constantes da nova programação

A tónica da nova temporada assenta também na promoção de ciclos sobre artistas como João Fiadeiro e Francisco Camacho, na continuação das parcerias com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Teatro Nacional de São Carlos, EGEAC ou Museu do Fado.

No teatro, destaque para a coprodução entre o CCB e A Barraca da peça “Mary Mary”, um projeto de arte feminista destinado a promover o diálogo com o espectador e consciencializar o público da necessidade de se comprometer com a luta pela igualdade de género e que levará Maria do Céu Guerra a um dos palcos daquele centro cultural em Lisboa.

“The confessions”, a mais recente peça de Alexander Zeldin, “Fado alexandrino”, de António Lobo Antunes, “Pérola sem rapariga”, com direção e encenação de Zia Soares, e “Os idiotas” contam-se entre as peças de teatro da nova programação.

“Canções da revolução”, com Nuno Galopim, com temas do pré e do pós-25 de Abril de 1974, no ano em que se assinalam os 50 anos da Revolução dos Cravos, “Formas de ler: A força do destino” com Helena Vasconcelos e “Histórias d´Os Lusíadas” com António Carlos Cortez, são outras propostas do CCB.