Está agendada para hoje a cerimónia de lançamento da primeira pedra deste equipamento que vai ficar instalado num quarteirão da Fábrica de Santo Thyrso, um antigo complexo têxtil emblemático que foi alvo de uma requalificação profunda e tem vindo a ser ocupado por vários projetos ligados à arte e ao empreendedorismo.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Santo Tirso, Joaquim Couto, indicou que com a construção do Centro de Arte Alberto Carneiro pretende "honrar o legado de um homem que foi, toda a vida, um visionário".

"Alberto Carneiro foi o grande ideólogo do MIEC - Museu de Internacional de Escultura Contemporânea e ser-lhe-emos eternamente gratos pela criação do programa de arte pública que faz hoje de Santo Tirso a capital da escultura contemporânea no país", indicou o autarca.

O centro terá 1.100 metros quadrados e o investimento é de 1,3 milhões de euros, somando-se mais tarde um outro de cerca de 500 mil euros para trabalhos complementares, tendo comparticipação no âmbito do Portugal 2020 e do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU).

O projeto, de iniciativa municipal, tem como objetivo a salvaguarda, preservação, investigação e divulgação da arte e, segundo informação camarária, a programação deste centro incluirá uma exposição permanente constituída por obras da autoria do escultor Alberto Carneiro e a realização de exposições temporárias dedicadas à arte contemporânea.

O artista plástico Alberto Carneiro, cuja ligação a Santo Tirso é conhecida devido às suas raízes em S. Romão do Coronado, entregou ao concelho liderado por Joaquim Couto dez esculturas e 50 desenhos.

Alberto Carneiro morreu dia 15 de abril, aos 79 anos, no Hospital de S. João, no Porto, onde estava internado.