"O grupo editorial LeYa deu nova vida à Livraria Buchholz, que é relançada como um espaço de cultura, destacando o seu papel como um centro de literatura, música, arte e história. Fundada em 1943, a Buchholz recupera a sua identidade original, atualizada à linguagem cultural dos dias de hoje", pode ler-se em comunicado enviado às redações.

A renovação da livraria "inclui a reorganização do espaço, uma redefinição do catálogo, com vista não só a exibir os autores consagrados mas a dar novo fôlego a nomes de grande qualidade e trazer livros que dificilmente se encontram noutras livrarias".

"Nesta nova vida, a Livraria Buchholz passa a acolher diferentes mostras relacionadas com os livros, os autores e a literatura. Umas temporárias, outras permanentes, todas pretendem ser momentos de comunhão com os leitores, possíveis pistas para descoberta, reflexão e debate. Entre as exposições permanentes destacam-se a mostra de objetos de trabalho de alguns dos mais marcantes autores de expressão portuguesa (e não só) dos últimos 50 anos e o espaço dedicado à fundação das Publicações Dom Quixote, hoje uma marca do grupo LeYa", é explicado.

Assim, vai ser possível ver no local "perto de três dezenas de peças de 20 nomes da ficção, não ficção e poesia, incluindo manuscritos de José Saramago, António Lobo Antunes, José Craveirinha e Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada. Juntam-se a estes, cadernos de notas, uma máquina de escrever, cartas, fotografias, mapas narrativos e mais. Cedidos pelos próprios, por familiares ou pelos seus editores, todos eles permitem novos vislumbres sobre os diferentes processos que levam à criação de um livro, dos fetiches às rotinas, passando pelo simples e fundamental labor".

A livraria conta ainda com a "recriação do escritório de Snu Abecassis, com os cadeirões originais, revistas e primeiras publicações da Dom Quixote", editora que fundou.

Além disso, "a Livraria Buchholz também terá uma zona dedicada à música, à arte, será palco de exposições e terá uma programação cultural ao longo do ano".

"Partindo da história da livraria, que em tempos acolheu uma prestigiada discoteca clássica, volta a encontrar-se na cave um espaço dedicado aos discos em vinil, com uma curadoria que acompanha o catálogo de livros: música portuguesa (dos clássicos aos contemporâneos), nomes incontornáveis da música popular (pop, rock, jazz, funk, hip-hop e eletrónica), novas tendências e edições especiais. Acompanhará a venda de discos, a venda de livros dedicados à música. Cabe à Flur a curadoria dos vinis", é apontado

Com aposta na Agenda Cultural, a Buchholz vai aproveitar "a estética e a história das instalações" para "ser um espaço âncora de encontros e eventos na área dos livros, da música e de outras manifestações culturais. Para além dos espaços permanentes para lançamentos de livros, surgirá uma programação própria, tão cativante como surpreendente".

Nesse sentido, "Bookclubs, masterclasses com autores e editores, tertúlias literárias e pequenos concertos são apenas alguns dos exemplos da agenda a anunciar em breve".

Por tudo isto, "a Livraria Buchholz renasce não apenas como uma livraria, mas como um local de experiência cultural com curadoria" e "destina-se a todos os amantes da literatura, desde os leitores ávidos dos grandes nomes clássicos e contemporâneos até aos entusiastas de novas tendências nas artes plásticas, música e design".

Por outro lado, "a Livraria pretende ser um ponto de referência para os estrangeiros que vivem ou visitam Lisboa, oferecendo uma bibliografia que os acompanhe na exploração da cidade e do país".