O programa “Sexta às 9”, da RTP1, exibiu ontem uma reportagem sobre os danos causados no Convento de Cristo, um monumento que está catalogado pela UNESCO como Património da Humanidade, na sequência da rodagem do filme “O Homem que matou D. Quixote” do realizador Terry Gilliam.

Segundo o que foi relatado na reportagem, a produção fez uma fogueira de 20 metros no espaço do claustro D. João II, tendo para o efeito cortado árvores e partido pedras centenárias.

Ouvida pela reportagem, a Direção Geral do Património afirmou que os estragos foram um acidente. Por seu lado, a produtora do filme garantiu que tudo estava autorizado. O convento foi arrendado por três semanas e o valor pago terá sido de 172 mil euros.

"O homem que matou Dom Quixote" é um projeto antigo de Terry Gilliam (um dos membros do grupo britânico Monty Python) e resulta de uma coprodução entre Portugal, Espanha, França, Bélgica e Inglaterra, com um orçamento total de 16 milhões de euros, dos quais 1,2 milhões de euros foram gastos em Portugal.

A produção do filme chegou a contar com produção de Paulo Branco, mas o realizador acabou por não concretizar a parceria alegadamente por problemas de financiamento, optando a equipa por trabalhar com outra produtora portuguesa, a Ukbar Filmes.

Paulo Branco e  Terry Gilliam têm uma guerra aberta a propósito do filme, cujo episódio mais recente aconteceu há duas semanas com o produtor português a acusar o realizador inglês de estar a fazer uma rodagem "clandestina e ilegal" de "O homem que matou D. Quixote", afirmando que detém os direitos do filme, já confirmados em tribunal.

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