A peça de 2015, intitulada "Domestikator", pertence ao Atelier Van Lieshout, e representa a copulação de uma forma abstrata, com linhas contemporâneas. Segundo o atelier, a instalação "homenageia o engenho, a sofisticação e as capacidades da humanidade, o poder da organização e o uso desse poder para dominar o ambiente natural".

Com exibição prevista para 19 de outubro nos Jardins das Tulherias, como parte de Hors les Murs, um programa de arte público organizado pela Feira de Arte Contemporânea Fiac, acabou por ser proibida por ser sexualmente explícita.

O diretor do Louvre, Jean-Luc Martinez, enviou uma carta à Fiac levantando preocupações sobre a peça. "Os comentários online apontam que este trabalho tem um aspeto brutal", disse Martinez na carta. "Arrisca ser mal interpretado pelos visitantes dos jardins".

Pouco tempo depois da recusa do Louvre, a peça encontrou um outro lugar em Paris. A opinião de Bernard Blistene, diretor do Museu Nacional de Arte Moderna do Centro Pompidou, é bastante diferente. A obra é "uma magnífica utopia em sintonia com o espaço público", considerou, permitindo a seu exibição.

O atelier Van Lieshout deu os parabéns ao Centro Pompidou por "ver além das interpretações sensacionalistas da obra", que remete à forma "como os seres humanos utilizam a tecnologia", num processo no qual "domesticam" o mundo.

A imensa escultura de 12 metros de altura formada por pequenos blocos, lembrando uma construção de peças Lego, está em exibição até ao próximo domingo, 22 de outubro, no âmbito da Fiac, juntamente com mais de 70 peças de arte espalhadas pela capital francesa.

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