A abertura da exposição sobre Lisboa renascentista – que revela uma capital no apogeu da globalização da época, devido aos descobrimentos portugueses – deverá reunir 250 peças, desde pintura, escultura, artes decorativas e até animais empalhados.

A inauguração fica marcada por duas polémicas, uma ligada ao adiamento da exposição, por duas vezes, por razões administrativas, e a segunda, pelas notícias do semanário Expresso sobre a existência de pinturas alegadamente falsas na exposição.

O semanário publicou dois artigos nos quais os historiadores Diogo Ramada Curto e João Alves Dias levantavam dúvidas sobre a autenticidade dos quadros “A Rua Nova dos Mercadores”, ponto de partida da exposição, e de “O Chafariz d’El-Rei”, que apresentam cenários da Lisboa do século XVI, e são fundamentais na estruturação da exposição da mostra.

O diretor do museu, António Filipe Pimentel, sustentou, na quarta-feira, numa conferência de imprensa, que as obras são “excecionais e credíveis”, mas que será avaliada a hipótese de se fazerem análises laboratoriais, se for conseguida a autorização dos proprietários.

"A Rua Nova dos Mercadores”, que os investigadores têm situado entre 1590 e 1610, está dividida em dois painéis, e é propriedade da Society of Antiquaries of London, enquanto “O Chafariz d’El-Rei” terá sido pintado entre 1570 e 1580, e pertence à coleção de José Berardo.

Em declarações à Lusa, António Filipe Pimental sustentou que “as pinturas são inquestionavelmente antigas, exatamente da data em que foram feitas. Se foi em 1590 ou 1610 não sabemos, nem era essa a nossa preocupação, mas são testemunhos coevos da Lisboa de então”.

Pintura, astrolábios, livros, animais empalhados, porcelanas, caixas decoradas com madrepérola, rosários, tapeçarias, azulejos e mobiliário são algumas das peças que podem ser vistas nesta exposição até 09 de abril.

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