“À medida que se torna cada vez mais complexa a alimentação, vão-se criando uma série de preconceitos e de ideias que se vão formando e que, às vezes, se transformam em mitos e que não gostaríamos que permanecessem, porque podem ser nefastas para o normal funcionamento dos mercados agrícolas e alimentares”, disse o diretor-geral da DGAV, Fernando Bernardo, na apresentação da publicação do livro “À Mesa: 100 Mitos”.

A apresentação decorreu no espaço do Ministério da Agricultura na Feira Nacional da Agricultura, que decorre até domingo no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), em Santarém, na presença do ministro Capoulas Santos.

Respondendo a 100 questões, o livro esclarece práticas relativas às empresas do setor alimentar, aos produtores, à restauração, aos estabelecimentos comerciais, ao transporte, à venda ambulante e ao consumidor.

“É permitido usar embalagens de plástico para contacto com os alimentos?”, “os estabelecimentos são obrigados a ter eletrocutores de insetos?”, “é proibida a matança de animais para autoconsumo?”, “é permitido vender queijo fresco com leite cru, feito em casa?”, “é permitida a doação de alimentos cozinhados?”, “na restauração coletiva é obrigatório usar ovos pasteurizados?”, “é proibido o uso de colheres de pau nas cozinhas?”, “é permitido usar carvão para fazer grelhados?”, “é permitido usar uma pedra na sopa da pedra?”, são algumas das 100 perguntas a que o livro responde.

Fernando Bernardo afirmou que esta publicação pretende iniciar “uma série de ações cujo objetivo final é diminuir a iliteracia alimentar”, estando em curso a criação de “um grande glossário sobre a alimentação portuguesa”, havendo ainda a intenção de desenvolver “aplicações fáceis” para telemóveis ou ‘ipads’ que permitam uma “leitura simples”, por exemplo num supermercado, sobre cada produto agrícola.