O "Livro dos Segredos" é a primeira obra de Luís de Matos. Mais que um livro, é um legado. Aos 46 anos, o mágico português já chegou ao mais alto patamar da magia, e agora partilha a arte que o consagrou e que ele consagrou, na esperança de encontrar um cúmplice, na esperança de dar boas ferramentas a quem quer entrar neste mundo. É o livro que gostava de ter lido quando começou, admite.

Luís de Matos trouxe o ilusionismo para a televisão nacional e para os maiores palcos do país, colocou-a onde antes "nem sequer era uma opção". Lá fora, as raízes africanas fizeram dele não só embaixador de Portugal, mas também da lusofonia.

Magia, política, religião, tecnologia e África. Falou-se do país e do mundo sem nunca perder de vista o percurso do mágico português condecorado com o Grau de Comendador da Ordem de Infante D. Henrique.

Todos crescemos com desenhos animados, filmes ou séries onde a magia era central e inevitável. E havia sempre o código dos mágicos, sempre secreto. Este livro não viola toda essa mística?

De maneira nenhuma. Os truques não estão expostos para o casual leitor os poder devassar. Cada um dos segredos partilhados neste livro foi envolto numa proteção. Apenas quem o possui e lhe dedica algum tempo, energia e carinho vai perceber como é que as ilusões funcionam.

As páginas estão ‘coladas’... É preciso rasgá-las para conseguir ver a descrição das ilusões.

Para mim essa foi a forma mais evidente de revelar boas ilusões - ilusões que ainda fazem parte do meu repertório -, partilhar esses segredos na esperança de que eles possam despontar outras paixões pela magia. Paixões de pessoas que venham encontrar-se nesta arte e que, obviamente, também a possam vir a enriquecer através da sua própria experiência e criatividade. Portanto, o código dos mágicos não só não é quebrado como é altamente reforçado e, certamente, encontrará cúmplices em cada leitor que passear pelo "Livro dos Segredos".

Numa outra entrevista, disse que este era o livro que gostava de ter lido quando começou. Este livro também foi escrito de si para si?

É o livro que eu gostava de ter lido porque o conjunto de informação que ele me dá, ou que dá ao leitor, é muito variada. Não ensina apenas truques, também partilha histórias que ajudam as pessoas a ter uma visão mais integrada e global, não só da história da magia como dos momentos em que ela se cruza com a nossa própria história.

Como começou a fazer magia? Ver e fazer?

Na altura não havia internet, não havia livros. Ou melhor, eu não tinha acesso a esses livros. Mas comecei a tocar viola num grupo de teatro e variedades, e nesse grupo havia um outro rapaz que fazia ilusionismo. Aprendi alguns truques com ele. Depois consegui o contacto de alguns mágicos e foi uma bola de neve : fui conseguindo um livro aqui e outro livro ali.

O seu primeiro truque está neste livro?

Não. Não era suficientemente bom para integrar o livro (risos).

Qual foi?

Era um truque de um dado que passava de uma cartola para uma caixa, e de uma caixa para uma cartola. Tudo o que está aqui é muito melhor do que isso.

E o que está aqui? Uma carreira?

Está muito… Este livro é claramente o reflexo da forma como eu penso e da forma como vejo a magia. Não são só 50 ilusões, é também um conjunto de histórias, de factos e curiosidades que ajudam a perceber um bocadinho da evolução e da história da magia.

Com base nessas histórias, pode-se dizer que a magia guia o mundo?

Às vezes é interessante pararmos para pensar: os mágicos conseguem prototipar o futuro. E fazem-no em todas as áreas, seja na arte, na tecnologia, na ciência.

Quando a tecnologia nos apanha, nós já estamos alguns passos à frente.

Como?

Os mágicos conseguem tornar realidade aparente aquilo que a ciência, a tecnologia ou o conhecimento ainda não consegue. Por exemplo, muitos anos antes de haver o programa espacial e de o Homem ter chegado à Lua, Georges Méliès já criava essa ilusão. Antes de nós conseguirmos falar à distância, usando telemóveis, já os mágicos criavam a ilusão da telepatia à distância entre cidades.

Mas é realidade aparente...

Sim, a ilusão é o trabalho de um mágico, não temos a obrigação de fazer acontecer nada na realidade, apenas criar a ilusão. Isto significa que mais facilmente conseguimos converter imaginação em realidade aparente. E só mais tarde é que a tecnologia, a ciência e o conhecimento acabam por apanhar o comboio já trilhado pelos mágicos.

Acha que a magia vai continuar a entrelaçar-se na História e ‘trilhar’ caminho para o conhecimento futuro?

Essa é a perspetiva desafiante. Mas o facto de trabalharmos com a nossa imaginação faz com que tudo esteja primeiro ao nosso alcance, a possibilidade de fazer coisas nunca antes vistas. E quando se diz "Ah! A tecnologia vai apanhar-vos", não. Não vai. Quando a tecnologia nos apanha, nós já estamos alguns passos à frente.

As novas tecnologias podem tornar mais fácil dar esses "passos à frente"?

Acho que sim. O único limite é a nossa imaginação e o que nós tendemos a fazer é utilizar tudo o que está ao nosso alcance para criar o impossível. Quando o meu espetáculo "Chaos" foi lançado, há cinco anos (ainda continua em digressão por Portugal e Espanha), nós já usávamos streaming e hashtags. E em 2011 isso era ainda muito pouco comum. Mas há mais, outro exemplo foi quando o SAPO, em conjugação com a minha equipa, realizou o primeiro Congresso Mundial de Magia exclusivamente online. Emitimos em 720p, para 74 países do Mundo, a Essential Magic Collection. Acho que isso é claramente a consequência de os mágicos terem essa fome insaciável de criar o impossível e ir tentando estar à frente.

Isso aconteceu em Portugal, a partir dos seus estúdios. O nosso país tem uma cultura no ilusionismo?

Portugal tem uma cultura no ilusionismo que é cíclica. Ora sobe, ora desce, mas que tem raízes muito antigas. No livro eu falo sobre os espetáculos que aconteciam na corte portuguesa, onde mágicos eram contratados para virem fazer espetáculos privados. No Palácio Nacional da Ajuda ainda se podem ver artefactos de magia feitos em madeira, marfim, pau-preto e ouro.

Mas foi crescendo consigo também...

Eu quero acreditar que sim. Eu comecei a fazer programas de televisão no início dos anos 90. Até aí, em Portugal, nunca tinha existido um programa de magia que chegasse ao prime time da televisão, e que estivesse durante meses a fio a fazer o sábado à noite no canal público. Consegui que um espetáculo de magia fosse a um teatro nacional. Tudo isto significa que foi possível colocar o espetáculo mágico em ambientes onde a magia não era sequer uma opção.

A profissionalização é o próximo passo a dar? Ou em Portugal a magia continua a ser um trabalho secundário ou até mesmo um hobbie?

Quando eu comecei ninguém dizia aos pais que queria ser mágico. Isso era uma vergonha, e hoje já conheço alguns miúdos que disseram aos seus pais que querem ser mágicos quando forem grandes. Isso é logo uma diferença.

Quando o Luís dizia “o que eu quero ser quando for grande…” vivia em Moçambique, na antiga Lourenço Marques - agora Maputo -, onde, aliás, nasceu. As suas raízes africanas refletem-se na sua arte?

Eu acho que tirando o facto de Maputo, Moçambique e África, em geral, serem territórios verdadeiramente mágicos, pelo clima, pelas pessoas, porque o tempo lá corre de maneira diferente... Admito que isso tenha tido influência na minha formação. Mas a maior influência foi ter percebido, quando revisitei o sítio em que nasci - já com o nome de Maputo -, que era uma cidade muito à frente do seu tempo. Foi desenhada por pessoas que foram para lá exiladas, de tão inteligentes e progressistas que eram, e que lá conseguiram fazer tudo aquilo com que sonhavam; dar asas à sua imaginação e à sua visão. E é por isso que nós podemos medir a maior rotunda que exista na cidade de Lisboa que ela vai, seguramente, ter metade do diâmetro da mais pequena em Maputo. Não existem estradas com menos de quatro ou cinco vias. A cidade está preparada para crescer, foi desenhada para estar à frente. E essa visão progressista é algo inspirador.

Nasceu em Moçambique, é comendador ... 

Eu tenho muito orgulho em ter nascido numa colónia portuguesa, enquanto era colónia portuguesa. Tenho muito orgulho de visitar e de já ter atuado em várias ex-colónias. Tive a oportunidade de participar no último espetáculo que Portugal fez em Macau, um espetáculo de magia de três dias no Centro Cultural de Macau. Assim como tenho orgulho, obviamente, em receber o título de comendador, sendo que ele jamais tinha sido entregue a um mágico. É um momento muito importante para o meu ego, para a minha carreira e para as pessoas que comigo trabalham.

O país, a lusofonia, o Mundo. O Luís gosta muito de ter um olhar crítico sobre o que nos rodeia. Vi várias crónicas suas num blog.

Eu acho que todos temos a obrigação de, com o nosso crescimento, ir vendo aquilo que nos rodeia e ter um olhar crítico sobre as coisas. Esse blog foi fundamentalmente motivado, não por si próprio, mas porque durante 3 anos mantive uma página de opinião numa revista que se publica na zona centro. Apenas resolvi pegar nesses textos à medida que eles eram publicados na revista [e republicar].

Lembro-me de uma crónica que me saltou à vista sobre a representatividade na democracia.

Sim, é uma coisa que me preocupa fortemente. Já há muito, Churchill dizia que a democracia é o pior sistema político que podemos ter em prática, mas também dizia que até agora não inventaram um melhor.

Subscreve?

Eu acho que é isso que acontece.

Quando olhamos para o voto em Portugal, quando percebemos que o voto não é obrigatório e que as pessoas se podem alhear, e que em dias de eleições preferem ir para a praia ou ficar em casa em vez de ir votar… Isto imediatamente significa que o processo está inquinado. Quando começamos a fazer as contas e percebemos que, matematicamente, um milhão de votos, ou seja 10% dos portugueses, é suficiente para eleger um primeiro-ministro, vemos logo que o sistema está inquinado. Por isso, quando um primeiro-ministro diz "eu fui eleito pelo povo português", é mentira. Foi eleito por 10% dos portugueses porque mais de metade não se preocupa em ir votar, outra parte vai e outros tantos vão e deixam o boletim em branco. E entre os poucos votos que chegam às urnas, aquilo é tudo distribuído pelas cadeiras totais da Assembleia da República (AR), o que é uma fraude.

Fraude?

As cadeiras da AR deviam ser distribuídas em função do número de votantes em cada partido, e aquelas que correspondem à abstenção, ou aos votos em branco, deveriam ficar vazias. Talvez, dessa forma, os responsáveis políticos vissem que era melhor fazerem coisas importantes para o povo. Era melhor estarem, de facto, preocupados com o país, para que também a sua cadeira, no futuro, não ficasse vazia. Mas isso é uma coisa que não os preocupa, porque enquanto houver 100 pessoas a votar, as cadeiras vão ser distribuídas por todos. 

Se tivesse oportunidade de ir agora à Assembleia, fazia desaparecer os lugares que mereciam estar vazios?

Não. Eu não faria desaparecer nada disso porque as pessoas que lá estão, estão por mérito próprio. Eu tenho imenso respeito pelas pessoas que escolhem uma carreira política porque acho que a ideia de um profissional, uma pessoa, um cidadão, abdicar da sua família, abdicar dos seus interesses, abdicar da sua carreira para defender o povo é algo muito nobre. Eu acho que o homem político, enquanto homem político, deveria ser venerado por todos os outros cidadãos. Acontece, porém, que ao longo do tempo a noção de homem político se adulterou e perdeu completamente o significado. Hoje em dia é uma profissão onde se progride na carreira e se ganha dinheiro.

Aquilo de que sou crítico é da religião enquanto negócio que prolifera. É um negócio fácil porque se vendem coisas mas nunca se entregam.

Proponho outro truque. Se pudesse fazer aparecer algo no bolso de um político, o que seria, e a quem?

Eu acho que era ótimo haver aqui uma catarse que recuperasse a abnegação e o sentido de serviço público. Por isso, faria aparecer, no bolso dos políticos em geral, honestidade. Faria aparecer sentido de serviço público e sentido de compromisso para com os cidadãos.

Entretanto deixou de escrever. A última crónica remonta a 2012. A revista acabou?

Não, a revista foi reconvertida numa outra coisa. Mas confesso que ao fim de três anos a produzir um texto todas as semanas, não sendo a escrita a minha principal ocupação, foi também um bocadinho puxado. Agora posso parar.

Passando da política a algo que também governa o mundo, a religião. O Luís é religioso?

Eu tenho uma perspetiva muito agnóstica relativamente à religião. Para mim é irrelevante se um acredita em Deus, outro acredita na ciência, outro num grande arquiteto do universo, ou se outro acredita no sol. É irrelevante para esta discussão aquilo em que cada um acredita, porque todos acreditamos em alguma coisa, nem que seja em nós próprios. Aquilo de que sou crítico é da religião enquanto negócio que prolifera. É um negócio fácil porque se vendem coisas mas nunca se entregam. O que se vende é esperança e ar, normalmente através do medo.

Vendem ilusões?

Vendem ilusões... É um negócio extraordinário. O que não quer dizer que não existam pessoas de uma riqueza espiritual, de uma consciência social, de uma enorme generosidade que são membros dessas empresas. É importante separar todas estas coisas e não generalizar. Uma é o credo, ou seja, aquilo em que cada um acredita, a outra são as ditas empresas que exploram a esperança, vendem a salvação, mas não a garantem. Dizem que são os embaixadores de Deus na Terra, os ministros das igrejas autoproclamam-se e nós acreditamos todos naquilo.

O momento mágico só acontece quando cada espetador partilha comigo a sua imaginação, permite que eu o desafie,

Mas onde eu queria chegar ainda era outro ponto. Não acha que há um contacto entre a magia e a religião?

Há com certeza. Até porque o padroeiro dos mágicos é o São João Bosco, que era um padre, entretanto canonizado, o criador dos salesianos. Um padre extraordinário, uma pessoa com uma obra inacreditável e que usava truques de magia para ilustrar as suas homilias, e para tornar as suas metáforas mais visíveis.

Mas trabalham ambas com ilusões?

A magia apela a um lado do desconhecido que supostamente faz acontecer coisas. A diferença está aí: a magia faz de facto acontecer essas coisas e a religião não. Os mágicos são muito honestos. Ser mágico é provavelmente a profissão mais honesta que existe. Um mágico diz, "Eu agora vou mentir" e mente. "Eu agora vou criar a ilusão de que esta senhora vai voar", e a gente a seguir cria essa ilusão. Já dissemos que é mentira, que ela não está de facto a voar, mas perante os sentidos de quem observa ela está claramente a voar. Nós dizemos que mentimos e mentimos a seguir, não tem problema nenhum. O problema são todas as outras profissões onde não reconhecendo que não estão a mentir, ou a dizer inverdades, o fazem com uma cara de pau absolutamente extraordinária.

Vê beleza nesse mentir? Mesmo sabendo que se está a mentir e que aquilo acaba ali.

Claro que sim. É exatamente por isso que nós gostamos de ir ao cinema e ir ao teatro. Vamos ao cinema e sabemos que os Avengers não existem, sabemos que o super-homem não nos vai salvar, e que nunca poderemos um dia cruzar-nos com o Batman. Mas não deixa de ser importante existirem momentos em que podemos alhear-nos de uma realidade esmagadora e viver o fantástico. E isso é possível com o cinema, com o teatro e de uma forma muito particular com a magia.

Ou seja, a magia com que todos nós em criança fantasiamos, para si...

Eu acredito na magia das pessoas e na magia da imaginação. Não acredito em superpoderes, nem acredito em todas as outras coisas em que nós não tocamos, sentimos ou construímos. Acho que o lado mais belo da magia é ser o recreio da nossa imaginação. E aí tudo é possível. Como é possível nos sonhos, como é possível quando as luzes de um teatro se apagam, as cortinas se abrem e nós vimos o impossível acontecer diante de nós. Essa é a magia em que eu acredito.

Podemos chamar-lhe uma forma humana da imaginação ou da magia?

Eu acho que sim, na medida em que não há playback nem efeitos especiais. O que está a acontecer - o fantástico, o maravilhoso, o impossível -, acontece a uma distância tangível. E é experimentado naquele momento. Quando nós lemos um romance imaginamos como seria o castelo, onde estariam as portas ou como seria o manto da invisibilidade. Quando vemos um espetáculo de magia, de facto essa invisibilidade é escrutinada pelos nossos sentidos, o comunicar à distância é escrutinado pelos nossos sentidos e a partir daí sim, é muito mais humano.

Cheguei até aqui a colocar magia e ilusão no mesmo saco e não o pareceu incomodar. No mundo da magia não há uma distinção vincada entre os termos?

Eu gosto de utilizar as expressões truque, ilusão e magia em circunstâncias diferentes. Simbolicamente, aquilo a que eu gosto de chamar truque é ao método propriamente dito. O lado técnico da coisa. Ilusão, para mim, é aquilo que eu crio sempre e quando crio, aparentemente, o impossível. O momento mágico só acontece quando cada espetador partilha comigo a sua imaginação, permite que eu o desafie, e, por instantes, toma como verdadeiro aquilo que está a acontecer perante si. Aí cria-se verdadeiramente aquilo a que eu chamo um momento mágico, e isso sim, é magia.

Mas às vezes esse momento mágico não se cria, não é verdade? Porque há uma tendência para se querer decifrar o truque. Isso não o irrita?

A mim não me aborrece particularmente. As pessoas vão assistir a um espetáculo de magia e têm duas possibilidades. Uma é estarem o tempo todo a tentar decifrar aquilo que está a acontecer perante elas. Outra, é usufruir, tal como quando vão ao cinema ou ao teatro, onde sabem que o que estão a ver é mentira, mas embrenham-se na história. Ora bem, estes dois posicionamentos também têm um resultado completamente diferente para quem assiste. O espetador que passar o tempo todo a tentar descobrir como as ilusões são feitas, tem grandes possibilidades de não descobrir nada. E não é que não seja um espetador inteligente, mas não tem conhecimentos suficientes para identificar as técnicas utilizadas aqui ou ali. É a mesma coisa que não saber falar japonês, mas achar que, como vou ver o filme com muita atenção, quando chegar ao final vou perceber o que eles queriam dizer. É mentira. E quando chegam ao final do espetáculo a memória que têm é de um conflito e de uma frustração enorme. Mas se optarem por permitir que estimulemos a sua capacidade de sonhar, no final do espetáculo terão com elas esse património que jamais vão perder, que é o património de tudo aquilo que sentiram. E a caminho de casa, se quiserem, estão a tempo de utilizar toda a razão e tentar perceber "será que foi com fios? Será que foi um alçapão?". O resultado vai ser o mesmo: não vão descobrir como foi feito, mas estão garantidamente a ganhar porque assistiram ao espetáculo de uma forma emocionante.

Fotografia: Paulo Rascão/MadreMedia