"Da análise ao exercício, poderemos concluir que os resultados foram muito satisfatórios. Todas as entidades envolvidas conseguiram ultrapassar e resolver os problemas que lhe foram colocados. Todos os objetivos que nos propusemos a atingir com este exercício foram cumpridos e foram retiradas ilações que nos irão permitir melhorar, quer na coordenação dos meios, quer na própria utilização dos equipamentos", adiantou, hoje, o presidente do SRPCBA.

Carlos Neves falava numa conferência de imprensa de balanço do exercício "Touro 2017", que decorreu durante quatro dias, na ilha Terceira, e colocou meios no terreno a responder a ocorrências simuladas sucessivas, durante 36 horas.

Ao todo, participaram mais de 500 pessoas no exercício, incluindo 100 figurantes, tendo estado presentes membros dos corpos de bombeiros da ilha Terceira e das ilhas do Faial, Pico e São Jorge, dos serviços municipais de Proteção Civil de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, de várias direções regionais do executivo açoriano e de forças de segurança, entre outras entidades.

"Neste exercício, que foi um dos de maiores dimensões já organizados pelo Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, foram injetadas cerca de 30 ocorrências, algumas simulando situações multi-vítimas de grande complexidade e muitas ocorrendo em simultâneo, num cenário de dois sismos ocorridos na ilha Terceira", apontou Carlos Neves.

Segundo o presidente da Proteção Civil dos Açores, o objetivo do exercício foi testar a coordenação entre os diferentes agentes de Proteção Civil e a capacidade de resposta de cada um, mas também da rede de comunicações de emergência, que funcionou sem falhas.

"A principal dificuldade posta nesta rede foi aumentar o número de utilizadores simultaneamente, criando uma maior dificuldade de comunicação. A rede funcionou muito bem. Houve uma disciplina de comunicação por parte de todos os utilizadores e podemos concluir que ela de facto funcionou", salientou.

Carlos Neves realçou que a rede de comunicações da Proteção Civil dos Açores tem 90 repetidores, espalhados por 30 locais e capacidade de redundância.

"Os nossos 'sites' foram construídos por forma a resistirem a tempestades e a crises sísmicas, por isso nós temos inteira confiança na nossa rede em situações como aquelas que estávamos a treinar", frisou.

Foi detetada ainda a necessidade de reforçar a capacidades de resposta dos agentes em situações de busca e resgate em caso de sismo.

"Concluímos que no âmbito da formação teremos que direcionar a nossa atenção de forma muito mais objetiva para a busca e resgate em estruturas colapsadas, facto a que nos iremos dedicar já no ano de 2018", disse o presidente da Proteção Civil dos Açores.

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