A iniciativa, apresentada pelo grupo parlamentar do PSD, foi aprovada por unanimidade no plenário do parlamento.

“Luís Aleluia, um dos atores portugueses mais acarinhado pelo público é unanimemente considerado 'um homem bom e um excelente comediante' tendo sido premiado com diversas distinções sobretudo pela sua atividade de ator, mas foi também autor, encenador e produtor de espetáculos”, lê-se na iniciativa.

Além de “reconhecido artista”, continua o texto, “Luís Aleluia deu também o melhor de si aos outros, nomeadamente com o seu empenho e dedicação ao projeto da Casa do Artista, que é hoje uma nobre realidade na ajuda às atrizes e atores em final de carreira”.

No texto lê-se que a memória de Luís Aleluia “perdurará como o ‘menino Tonecas’”, personagem que interpretou na série da RTP “As Lições do Tonecas” e marcou o seu percurso artístico.

“Detentor de uma longa carreira, Luís Aleluia interpretou ao longo de mais de 40 anos vários papéis de comédia, no teatro e na televisão, no entanto, como teve oportunidade de afirmar, via no drama o seu ‘maior desafio’”, é escrito.

Luís Filipe Aleluia da Costa nasceu em Setúbal a 23 de fevereiro de 1960, numa família separada e pobre, o que o levou à Casa do Gaiato, na terra natal, onde viveu durante sete anos, e onde aprendeu os "valores que ficam para a vida", como disse em entrevista a Manuel Luís Goucha, na TVI, em 2021, quando completava 40 anos de carreira: lealdade, fraternidade, cumplicidade, "o valor do trabalho, o respeito pela liberdade do outro".

O gosto pelo palco teve origem na infância, nos anos de 1960-1970, com as galas da Casa do Gaiato e atuações em diferentes grupos amadores, seguindo-se a profissionalização, na viragem para a década de 1980, no Teatro de Animação de Setúbal (TAS).

O maior sucesso vem de 1996, quando recuperou "As Lições do Tonecas", com o ator José Morais e Castro, na RTP, e transformou o antigo programa de rádio das décadas de 1930-1940, de José de Oliveira Cosme, numa produção de quatro temporadas e 50 episódios.