Muitos dos episódios do “Até tenho amigos que são”, podcast de entrevistas de Rodrigo Nogueira - ou conversas, como o seu autor gosta referir várias vezes -, começam quando a conversa já começou. “Gosto muito de iniciar o podcast com as pessoas sem saberem que já ‘está a gravar’. Gosto muito disso, da espontaneidade”, refere Rodrigo.

Sam The Kid, Valete, Ana Sofia Martins, Nuno e Ana Markl, Bruno Nogueira, Gonçalo Waddington ou Sérgio Godinho são alguns dos nomes que já conversaram com Rodrigo, sendo que uma das características do podcast é a procura pelas referências de cada um dos convidados – referências literárias, musicais, cinematográficas ou televisivas. A conversa é conduzida de forma descontraída, em localizações várias (desde cafés, à própria casa dos convidados) e o ambiente íntimo aproxima-a mais de um diálogo entre amigos do que de uma entrevista formal.

Acaba por ser inevitável perguntar quais os convidados com quem o autor mais apreciou falar. Rodrigo destaca dois: Whit Stillman, por ser “um realizador que eu adoro, já há muitos anos”, e Mac McCaughan “que tem uma banda que eu adoro, que são os Superchunk”. Curiosamente, dois episódios em que a conversa, por razões mais ou menos óbvias, foi conduzida em inglês.

Falando da recente “febre podcastiana”, que nos últimos meses originou a criação de diversos podcasts nacionais, Rodrigo refere que, ainda assim, o top do iTunes (muitas vezes utilizado para classificar o sucesso de um podcast) continua dominado por programas de rádio ou da autoria de pessoas com algum peso mediático (como o “Maluco Beleza”, de Rui Unas ou o “Uma Nêspera no Cu”, de Nuno Markl, Bruno Nogueira e Filipe Melo). De qualquer forma, Rodrigo admite que é bom que existam mais podcasts e que existam mais pessoas a aderir a este tipo de formatos, criadores ou ouvintes.

Quanto ao futuro, Rodrigo assume que o projeto não tem prazo de validade – “nunca pensei nisso. Gosto de fazer, não me vejo a parar” – e que gostava de gravar mais episódios ao vivo. Quanto a evoluir para um formato em vídeo, cita Andy Warhol, que dizia que as melhores entrevistas eram feitas por telefone, para justificar o interesse em manter o áudio como a ferramenta principal para divulgar as conversas. E convidados futuros? “Adorava ter o Bonga”.

Os episódios de “Até tenho amigos que são” podem ser ouvidos no iTunes ou no Mixcloud.

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