Em conferência de imprensa no último dia da edição deste ano, o diretor do evento, José Barreiro, disse que o balanço é positivo e a noite de sexta-feira, com destaque para a atuação de Bon Iver, mostrou que o recinto do Parque da Cidade do Porto “comporta as 30 mil pessoas”, podendo agora apontar para esse número por dia nos três dias.

“[Na sexta-feira] acho que atingimos o limiar do conforto. Não houve nenhum exagero de filas para os serviços principais do festival, mas pelo menos neste formato atingimos o limite desse mesmo conforto. Acho que se fossem mais cinco mil já não seria a mesma coisa”, afirmou Barreiro.

Da parte da organização do Primavera Sound de Barcelona, Alfonso Lanza anunciou as datas da sétima edição do festival no Porto e realçou que se trata de um evento que hoje “muitas cidades europeias gostariam de ter”.

“Estamos encantados com a decisão [de estar no Porto], sentimo-nos em casa e, enquanto tivermos apoio da NOS e da Câmara [Municipal do Porto], o Primavera Sound ficará no Porto”, afirmou Lanza.

À Lusa, o responsável de Barcelona disse não pretender “trocar nada”, uma vez que a organização considera “perfeito o complemento dos dois” festivais: o “grande” em Barcelona e a “versão ‘gourmet’ no Porto”.

Questionado sobre a possibilidade de expandir a marca para outras cidades europeias, Alfonzo Lanza admitiu a possibilidade de o fazer na América (sem precisar se do Norte se do Sul), mas ressalvou que a expansão “não é uma obsessão”.

“Não sei se na Europa três edições seguidas em datas ou mesmo mudando de datas podia ser. Creio que com o Porto acertámos”, afirmou Alfonso Lanza.

O sexto Primavera Sound no Porto termina durante a madrugada de domingo, com atuações de nomes como Aphex Twin, Against Me! e Black Angels, que encerram um festival que contou com artistas que foram de Elza Soares a Swans e Angel Olsen, entre muitos outros.