As afirmações foram feitas pelo presidente do conselho de administração da RTP, Gonçalo Reis, numa apresentação em Lisboa, afirmando que a tónica do festival será a simplicidade e que o festival da Eurovisão de 2018 será "o mais económico dos últimos dez anos e talvez um dos mais criativos de sempre".

O Eurofestival, em 2018, “é uma oportunidade de mostrarmos um Portugal positivo, dinâmico, e competitivo”, disse Gonçalo Reis, realçando que “estamos precisamente a seis meses da semana” do certame.

A narrativa/conceito em que a RTP aposta é a de “um país aberto, inclusivo, tolerante e que vive bem com uma riqueza multicultural”.

O presidente da RTP realçou que a narrativa escolhida para o Festival “não foi imposta ou sugerida de fora, ou encomendada, e antes desenvolvida pelos profissionais” da empresa pública de televisão, na qual prima “a simplicidade e elegância sem excesso de meios e de parafernália, não por uma razão de contenção de meios, mas por uma questão de convicção”.

Gonçalo Madaíl, responsável editorial da equipa criativa do Festival Eurovisão da Canção 2018, revelou alguns pormenores do evento que, além das duas semifinais e da final, inclui seis outros espetáculos, com um vasto programa social que prevê a cerimónia de abertura, o espaço “Eurovision Village”, na praça do Comércio, uma discoteca à beira rio, além do centro de imprensa.

A praça do Comércio será cenário de espetáculos ao vivo, com a presença de concorrentes e artistas nacionais, de um “Eurovison Café”, onde se localizará um estúdio da RTP, um ecrã gigante e um “palco intimista”.

A cerimónia de boas-vindas, internacionalmente designada de “red carpet” será no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia. E, realçando a ligação aos oceanos, a tradicional passadeira vermelha será azul.

“Blue is the new red!”, afirmou Nuno Galopim, que faz parte da equipa organizativa.

Uma concha em espiral, em tons de azul sobre um fundo amarelo, será a “imagem de marca” do evento, mas o diretor de arte da RTP, Nicolau Tudela, idealizou 12 outras imagens que serão também utilizadas, com inspiração no mar, no plâncton e na iconografia marítima de Lisboa.

A palavra de ordem do festival é “All aboard!” (“Todos a bordo”) realçando a ideia “inclusão” e “o cruzamento de identidades” que é o Festival da Eurovisão, disse Madaíl.

Gonçalo Madaíl realçou que a Eurovisão em Lisboa deverá mostrar a imagem de “um Portugal elegante, sofisticado e autêntico”.

Entre os 42 países participantes incluem-se a Austrália, que se classificou em 9.º lugar este ano, e a Rússia, que não marcou presença na edição mais recente, realizada na Ucrânia.

Segundo dados avançados por Gonçalo Madaíl, são esperados em Lisboa mais de mil profissionais nas áreas de produção e realização, mais de mil pessoas das diferentes delegações internacionais, mais de 1.500 jornalistas e “uma estimativa por baixo” de 30.000 fãs e visitantes.

O Festival da Eurovisão, que se realiza desde 1956, é atualmente “o maior espetáculo de entretenimento televisivo”, com uma audiência estimada de 200 milhões de pessoas, só superada pela final da Taça da Liga dos Campeões, em futebol.