Com cerca de mês e meio de diferença, chegam a Portugal duas empresas a promover escapadinhas de fim de semana, com Inácio Rozeira a apresentar a sua ‘chocolate box’ (caixa de chocolates, na tradução para português) como a primeira agência de viagens em Portugal a oferecer viagens surpresa desde 31 de outubro.

A tempo do Natal surgiu na segunda-feira a espanhola Waynabox, explicada pelo responsável em Portugal, André Costa, como a “primeira empresa a oferecer viagens para destinos surpresa na Europa”. No seu ‘portfolio’ de partidas estão Madrid, Barcelona, Málaga e Paris, esperando-se a “conquista mais alguns territórios europeus até ao final de 2017.

As ofertas destas duas empresas passam por vender um serviço que inclui voo e estadia para uma cidade, por regra europeia, mediante um preço fixo e só revelando o destino aos clientes horas antes da partida.

Dada a coincidência de datas de ‘chegada’ a Portugal, Inácio Rozeira notou ser um “conceito comum”, mas afirmou que as ofertas são “muito diferentes”, enquanto André Costa referiu tratar-se de uma “questão de ‘timming’ de comunicação e disse que a missão é “surpreender” os viajantes.

Ao deixar uma agência de turismo de aventura, Inácio Rozeira tentou perceber o que seria uma inovação nos dias de hoje. “E comecei a pensar nas coisas ao contrário: as pessoas quando marcam uma viagem têm três variáveis na equação: quando vão, quanto vão gastar e para onde vão”, explicou o empresário à Lusa.

Nas suas investigações encontrou a ideia em Espanha, Reino Unido e nos Estados Unidos, com este último país a referir que os destinos mistérios são a “próxima tendência das viagens”, e assim nasceu há poucos meses a ‘chocolate box’ porque as viagens são como os chocolates “toda a gente gosta, mas não pode ser todos os dias”.

Para distinguir a sua empresa, que integra quatro pessoas e tem por público-alvo cidadãos entre os 35 e os 50 anos, o empresário optou pelo envio de uma caixa na véspera da viagem, que revela o destino, com uma máquina fotográfica, um livro e um “guia de bordo personalizado”.

Inácio Rozeira também enumerou a parceria apenas com hotéis de quatro ou cinco estrelas, com pequeno-almoço, no centro das cidades e disse que o destino é escolhido conforme o perfil do consumidor. O preço é de 495 euros por pessoa ou 695 euros, se for um viajante individual.

Até fevereiro de 2017, a empresa está a testar o conceito e depois deverá expandir para a Europa um “modelo de negócio que não está assente no preço". O objetivo é vender 50 viagens até ao final da fase de teste.

Na Waynabox, Marrocos pode ser exceção às viagens maioritariamente para destinos europeus, no âmbito de estadias em hotéis ou alojamentos locais sempre com uma boa avaliação em ‘rankings’ de ‘sites’ especializados.

Também são garantidos quartos e casas de banho privadas, além de os grupos ficarem hospedados no mesmo local, por um preço que rondará os 200 euros. Gratuitamente, o viajante poderá eliminar uma cidade.

Esta ‘startup’ de origem tecnológica foi fundada por três espanhóis e ultrapassou o “volume de 25 mil viajantes” em cerca de dois anos, estando “quase a tocar nos quatro milhões de faturação", segundo André Costa.

Vencedora do concurso de ideias de negócio TAP Creative Launch em 2015, esta empresa tem como público-alvo estudantes universitários e jovens trabalhadores, pelo que o plano de comunicação passa por mostrar uma “empresa divertida e irreverente” sobretudo nas redes sociais.

Por enquanto, André Costa trabalha com uma pessoa a partir de Espanha. “Muito em breve, a partir do início do próximo ano, acredito que vamos estar a reforçar a equipa nas áreas de ‘marketing’ e de operações”, previu o empresário, acrescentando que para os primeiros três meses de operação, a perspetiva é de, pelo menos, 500 reservas.

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