A luta dos anjos. Trump e UE respondem a provocações com aumento tarifas
Editado por Ana Filipa Paz
Esta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram tarifas de 20% sobre os produtos da UE, em resposta à tarifa de 39% imposta aos produtos norte-americanos.
O pacote de tarifas de Donald Trump também teve a Europa como alvo, que não tardou a responder. "Eles fazem-no, nós fazemos-lhes o mesmo, não podia ser mais simples do que isso", afirmou o presidente americano.
No que diz respeito à União Europeia, Trump comenta que “parecem muito simpáticos, mas, roubam-nos à descarada”. E, por isso, impõe as seguintes medidas:
- 20% de tarifa sobre os produtos europeus;
- Tarifa-base de 10% para todos os países a nível global;
- 25% dos direitos aduaneiros sobre as importações de aço, alumínio, automóveis e peças de automóveis.
Quais são os países europeus que exportam mais para os EUA?
As exportações da UE representam mais de 15 % das exportações mundiais. Em 2023, 13,7% das importações dos EUA vieram da Europa. Em contrapartida, 14,3% das exportações americanas tiveram como destino o continente europeu.
De acordo com o Eurostat, a Alemanha, a Itália e a Irlanda são os países europeus que exportam mais para os EUA. Em 2024, exportaram:
- Alemanha: 157 mil milhões de euros.
- Itália: 67 mil milhões de euros.
- Irlanda: 51 mil milhões de euros.
Os produtos mais exportados para os EUA são:
- Óleos de petróleo e petróleo bruto.
- Produtos médicos e farmacêuticos.
- Gás natural.
- Automóveis e veículos a motor.
- Recursos humanos.
Para que países são exportados mais produtos europeus?
Em 2024, os principais destinos das exportações europeias foram:
- Estados Unidos da América: 20,6%
- Reino Unido: 13.2%
- China: 8.3%
- Suiça: 7.5%
- Turquia: 4.3%
Este ano, os EUA importaram pouco mais de 584 mil milhões de euros em bens da União Europeia, segundo a US Census Bereau, valor que vai certamente diminuir com a imposição das novas taxas alfandegárias.
A presidente da Comissão Europeia reconheceu que o sistema de comércio mundial tem “graves deficiências”, mas diz que a Europa "está pontra" e que “não é tarde para resolver os problemas através de negociações”.
Economia
Sempre fui crítico da proliferação de publicidade no espaço público, que surge um pouco por todo o lado, com particular incidência nas zonas urbanas. E continuarei a sê-lo. Entendo-a como invasora e agressiva. Um tremendo desperdício de recursos e geradora de poluição visual. Dificulta a fruição e fluidez do espaço público, sendo muitas vezes barreira visual e distração para condutores e transeuntes. Continuar a ler