O subgénero da literatura favorito do complexo burocrático português é, sem margem para dúvida, o romance epistolar. Das finanças à Segurança Social, da EDP à EMEL, todas as cartas registadas são / ridículas / não seriam cartas registadas se não fossem / ridículas. São símbolo de um amor, não correspondido, que o Estado nutre por todos os seus burocraticamente ingénuos cidadãos. Continuar a ler