A culpa é do hip-hop?
Questionada pela agência Lusa a propósito do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que aponta para um aumento da criminalidade grupal e associa o fenómeno à cultura do 'hip-hop', a investigadora Margarida Gaspar de Matos responde: "O que parece mais óbvio é que os grupos delinquentes, o consumo de substâncias, os estilos musicais, o estilo de vestuário, o afastamento da escola e a dificuldade em sair de círculos de pobreza, partilham cenários e co-existem".
Segundo os dados do RASI revelados na quarta-feira, a criminalidade grupal foi uma das que mais cresceu entre 2020 e 2021, com um aumento de 7,7%, estando associado a este fenómeno a cultura do ‘hip-hop’ como principal forma de expressão.
O documento, aprovado na reunião do Conselho Superior de Segurança Interna e entregue na Assembleia da República, refere que na área da criminalidade grupal houve 4.997 participações registadas em 2021, mais 359 do que no ano anterior.
De acordo com o relatório, a criminalidade grupal está sobretudo associada a grupos de jovens, entre os 15 e os 25 anos de idade, com “vasto historial criminoso centrado essencialmente na prática de roubo, furto, ofensa à integridade física e ameaça, durante o período noturno”.
Também para ler: