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Newsletter diária • 11 jun 2024

 
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A Europa precisa de olhar mais para a direita?

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

Meloni diz que sim. Giorgia Meloni considera que uma das conclusões das eleições na União Europeia é que “a resposta dos cidadãos impõe que a Europa olhe mais para a direita” e que “Itália tem um papel fundamental” no bloco comunitário.

“Saímos das eleições como um governo absolutamente mais forte, na tendência oposta à dos restantes partidos na Europa”, afirmou.

Mas no SAPO24 fizemos outra pergunta: o populismo de direita está a ganhar força na Europa? Terá sido França só o início? Na noite das eleições europeias, Inês F. Alves disse-nos que embora a manutenção do equilíbrio de forças no Parlamento Europeu tenha acontecido, há outra leitura a fazer nestas eleições, e que se prende com o crescimento da extrema-direita nos gigantes da Europa, a começar por França, onde a vitória expressiva de Le Pen levou Macron a convocar eleições antecipadas.

A jornalista do SAPO24 faz assim duas leituras da noite eleitoral: a da contenção da direita conservadora e extrema no Parlamento Europeu e a do avanço do populismo de direita nos maiores países da Europa, e por consequência, aqueles que mais eurodeputados elegem — eurodeputados esses a quem caberá decidir grande parte do destino da Europa nos próximos anos.

Leitura que também preocupou os jovens franceses que ontem foram para a rua. Milhares de jovens, descontentes com o resultado das eleições europeias, que ditaram a vitória da União Nacional (RN), juntaram-se em Paris, para se manifestar contra o crescimento da extrema-direita na França.

Contudo, os nossos emigrantes em França não seguiram o exemplo dos atuais conterrâneos e a eleição traduziu-se num quadro mais tradicional replicando no topo os resultados nacionais. O PS ganhou (22,81%), seguido da AD (19,14%) e do Chega em terceiro lugar (16,43%), IL ascende ao quarto lugar com 12,53%), mas o Livre ultrapassa BE e CDU ficando em 5º lugar.

Já no resto do mundo os emigrantes portugueses imprimiram uma visão diferente dos que vivem em Portugal. Rute Sousa Vasco diz-nos que em sete países europeus - sendo que dois não fazem parte da União Europeia, - a votação dos emigrantes mostra uma relação de forças diferente à esquerda e à direita. Em todos os sete países, o Livre tem melhores resultados do que BE e CDU. Nos Países Baixos, a IL venceu mesmo as eleições, à frente da AD ( e com o Livre em segundo lugar).

Entre os votos dos emigrantes e habitantes em Portugal a vitória foi agridoce, menos para o IL. A vitória foi do PS, mas com a AD a morder os calcanhares aos socialistas. Chega e IL levam Portugal a duas novas famílias na Europa, e a Esquerda sobrevive, ainda que com metade da força.

Mas se o PS só pode festejar por "poucochinho", os portugueses têm motivos para festejar por muito. Portugal foi o quinto país da União Europeia (UE) onde a taxa de participação nas eleições europeias mais subiu, com um acréscimo de 6,7 pontos percentuais face a 2019.

Por outro lado, não vale a pena lançar muitos foguetes. É que depois dos resultados, o Euro cai para o nível mais baixo desde início de maio após viragem à direita na Europa. Reagindo assim hoje com perdas à viragem à direita na Europa e, às 11h30 em Lisboa, estava a ser negociado a 1,0736 dólares, o nível mais baixo desde 02 de maio.

 
 
 
 

 
 

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