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Newsletter diária • 05 abr 2022

 
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A guerra continua — e as sanções à Rússia também

 
 

Edição por Alexandra Antunes

Um dia depois de ter anunciado uma investigação da UE a alegados crimes cometidos em Bucha e noutras cidades ucranianas pelas tropas russas, Ursula von der Leyen anunciou um novo pacote de sanções à Rússia, argumentando que “estas atrocidades não podem e não serão deixadas sem resposta”.

“É importante manter a máxima pressão sobre Putin e o governo russo neste ponto crítico”, concluiu.

Em causa está um novo pacote de sanções proposto pelo executivo comunitário e anunciado à imprensa em Bruxelas, visando tornar estas medidas restritivas “mais amplas e mais severas” para a economia russa.

“Os quatro pacotes de sanções [anteriormente adotados pela UE] atingiram duramente e limitaram as opções políticas e económicas do Kremlin. Estamos a ver resultados tangíveis, mas claramente, tendo em conta os acontecimentos, precisamos de aumentar ainda mais a nossa pressão e, por isso, hoje, propomos dar mais um passo nas nossas sanções”, explicou a líder da Comissão Europeia.

As novas sanções – que terão de ter aval dos Estados-membros – incluem:

  • “uma proibição de importação de carvão proveniente da Rússia, no valor de quatro mil milhões de euros por ano”, com vista a “cortar outra importante fonte de receitas para a Rússia”;
  • "sanções adicionais, incluindo sobre importações de petróleo, e a refletir sobre algumas das ideias apresentadas pelos Estados-membros, tais como impostos ou canais de pagamento específicos, tais como uma conta caucionada”;
  • “uma proibição total de transações em quatro bancos-chave russos, entre eles o VTB, o segundo maior banco russo”, instituições que representam 23% do setor bancário da Rússia, de forma a “enfraquecer ainda mais o sistema financeiro russo”;
  • “novas proibições específicas” em produtos desde a madeira ao cimento, dos frutos do mar ao licor, num valor de 5,5 mil milhões de euros, de forma a “cortar o fluxo de dinheiro da Rússia e dos seus oligarcas”;
  • proibição de acesso aos portos da UE pelos navios russos e operados pela Rússia - prevendo-se isenções para produtos essenciais como agrícolas e alimentares, ajuda humanitária e energia -, e aos operadores de transporte rodoviário russos e bielorrussos;
  • “mais proibições de exportação específicas, no valor de 10 mil milhões de euros, em áreas em que a Rússia é vulnerável”, como é o caso dos computadores quânticos, semicondutores avançados, maquinaria e equipamento de transporte sensível
  • um alargamento dos indivíduos incluídos na lista de sanções, bem como uma proibição geral na UE de participação de empresas russas em concursos públicos nos Estados-membros, “porque o dinheiro dos impostos europeus não deve ir para a Rússia, seja sob que forma for”.
 
 
Francisco Sena Santos
 
 

Tudo leva a crer que a versão de Putin, o chefe que se coloca como dono de um país sem direito a opinião pública, é a da propaganda feita de aldrabice. Há que investigar e apurar. Continuar a ler

 
 
 
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