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Newsletter diária • 16 nov 2023

 
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A guerra deixou Portugal (ainda mais) de luto

 
 

Edição por Ana Maria Pimentel

No dia em que o SAPO24 publica uma reportagem sobre Nicolas Ghobar e Wassim Razzouk que vivem na Terra Santa, é o mesmo dia em que pelo menos sete pessoas ficaram feridas num ataque armado a sul de Jerusalém, informou a polícia israelita, acrescentando que três atacantes foram neutralizados.

Os entrevistados de Belém e de Jerusalem têm atividades profissionais que dependem da presença de turistas nas suas cidades, Belém e Jerusalém. O que, por razões óbvias, não tem acontecido. Agora, conta a jornalista Alexandra Antunes,  "um deles não tem a quem mostrar a tradição e os sítios emblemáticos daquela região, o outro não tem pele onde tatuar com recurso a carimbos com centenas de anos. O conflito entre Israel e o Hamas veio mudar o dia a dia de quem ali trabalha, mas há sempre algo a fazer. Nicolas está em Portugal a vender artesanato das famílias de Belém, Wassim pegou nos filhos e foram tatuar para a Escócia e para a Polónia. O objetivo é voltarem em breve a casa — não podia ser de outra maneira. Para quem não conhece aqueles territórios ou para quem lá quer voltar em peregrinação, a esperança é que tal ainda seja possível, mas só daqui a meia dúzia de anos. Por isso, há portugueses com viagens canceladas. Afinal, nunca se sabe o que acontece numa zona em guerra."

Noutra peça, a jornalista do SAPO24 conta ainda que Nicolas Ghobar está em Lisboa para vender artesanato em madeira de oliveira. As peças, com motivos religiosos, são feitas por famílias cristãs de Belém, cidade onde nasceu Jesus.

Da guerra naquele lado no mundo, chega uma notícia que hoje deixa Portugal (ainda mais) de luto, três portugueses morreram num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, enclave onde decorre uma guerra entre as forças israelitas e o movimento islamita palestiniano Hamas desde o início de outubro, adiantou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros. O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou a morte dos três cidadãos, dos quais dois menores, juntamente com dois familiares, e pediu a Israel para parar estes bombardeamentos.

Também hoje, o embaixador de Israel na ONU rejeitou a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança que apela a pausas e corredores humanitários urgentes e alargados em Gaza, argumentando que a medida "está desligada da realidade e sem significado".

Ainda sobre as ramificações da guerra, a polícia alemã lançou hoje uma grande operação, com 54 buscas em sete regiões, contra um centro islamita suspeito de apoiar o movimento xiita libanês Hezbollah, anunciou o Ministério do Interior.

O SAPO24 continua, e continuará, a acompanhar as evoluções da guerra, e das negociações da paz, ao minuto.