A liberdade dos 85%
Edição por Alexandra Antunes
O Conselho de Ministros reúne-se hoje para decidir o possível levantamento de restrições que vigoraram por causa da covid-19, com efeitos a partir de 1 de outubro.
Este levantamento de restrições — previsto na fase três do plano do Governo — acontece num momento em que Portugal se aproxima dos 85% da população vacinada, regista uma trajetória sólida de descida da taxa de incidência de infeções (atualmente em 137,4 casos por 100 mil habitantes) e em que a taxa de transmissão se encontra abaixo de 1, mais precisamente em 0,82.
O que está previsto no plano do executivo para esta terceira (e última) fase?
O Governo salientou também a importância de ser transmitida uma mensagem de prudência sobre a necessidade de se conservar uma elevada responsabilidade individual em termos de adoção de comportamentos que evitem a propagação da covid-19.
Nesse sentido, a ministra da Saúde, Marta Temido, alertou já que a máscara deve ser mantida em espaços fechados ou onde não seja possível preservar o distanciamento social aconselhável.
De acordo com fonte do executivo, a questão de manter ou não a obrigatoriedade legal do uso da máscara em espaços fechados públicos é uma das que ainda se encontram em aberto em relação ao Conselho de Ministros desta quinta-feira.
Com todas estas mudanças, o governo vai ainda dar o primeiro passo na “operação de limpeza” de normas, regulamentos e diplomas que foram aprovados com caráter excecional ao longo do último ano e meio de pandemia.
De olhos postos na campanha
Viagens aos Açores. Na reta final do período de campanha para as autárquicas, o secretário-geral do PS, António Costa, e o presidente do PSD, Rui Rio, viajam até ao arquipélago, ainda que com ações em horários distintos.
Uma freguesia sem campanha. Na freguesia do Mosteiro, na ilha das Flores, a que tem menos eleitores inscritos em Portugal, a eleição dos órgãos autárquicos é feita em ambiente quase familiar e a campanha eleitoral é dispensada.
Dedos apontados. O presidente do Chega, André Ventura, considerou, na quarta-feira à noite, “inaceitável” e “uma vergonha nacional” o Estado português estar a pagar subvenções vitalícias a 239 antigos políticos e juízes.